Exportação de café verde do Brasil recua quase 36% em maio com baixa oferta, diz Cecafé

Os embarques de café da variedade arábica somaram 2,4 milhões de sacas, uma redução anual de 24,6%, enquanto os de canéforas recuaram 77%, para 202,7 mil sacas.

A exportação de café verde do Brasil somou 2,6 milhões de sacas de 60 kg em maio, queda de 35,9% em relação ao mesmo período do ano passado, com uma menor disponibilidade de grãos antes de a colheita ganhar ritmo, apontou nesta terça-feira o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé).

Os embarques de café da variedade arábica somaram 2,4 milhões de sacas, uma redução anual de 24,6%, enquanto os de canéforas (robusta e conilon) recuaram 77%, para 202,7 mil sacas.

Amêndoas de caju quebradas são base para produto análogo a queijo cremoso simbiótico

O total embarcado de café verde registrou queda acentuada na comparação com maio de 2024, mas ainda supera o volume do mesmo mês de 2023, quando o maior produtor e exportador global da commodity embarcou 2,1 milhões de sacas.

Considerando o café industrializado, notadamente o solúvel, as exportações brasileiras em maio atingiram 2,96 milhões de sacas, queda de 33,3% na mesma comparação.

“O recuo observado nas exportações do Brasil reflete a menor disponibilidade de café, principalmente da espécie arábica, cuja colheita começou a ganhar corpo somente agora neste mês de junho…”, disse o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, em nota.

Segundo ele, as menores exportações de grãos canéforas, cuja colheita está mais avançada, devem-se ao fato de o produto brasileiro estar menos competitivo atualmente em relação a países como Vietnã e Indonésia.

A menor oferta, contudo, mantém os preços do produto exportado em forte alta de 81,6% na comparação anual, para US$419,49/saca.

Dessa forma, apesar dos menores volumes exportados, a receita gerada com as exportações aumentou 21,1% no mesmo intervalo comparativo, para US$1,24 bilhão.

“Vivemos um período de perdas de potencial produtivo de café ao longo de praticamente cinco safras, devido aos extremos climáticos, com menores ofertas dos principais produtores mundiais, como Brasil, Vietnã, Colômbia e Indonésia, por exemplo, o que gerou a disparada nos preços em todo o mundo e, consequentemente, a evolução da receita cambial com nossas exportações”, explicou Ferreira.

A alta nos preços levou o Brasil a enxugar seus estoques, com exportações recordes em 2024 acima de 50 milhões de sacas.

Os Estados Unidos lideram o ranking das exportações brasileiras de café no acumulado de 2025, com a importação de 2,874 milhões de sacas até o fim de maio, seguidos por Alemanha, com 2,112 milhões de sacas de café; Itália, com 1,375 milhão de sacas; Japão, com 1,089 milhão de sacas; e Bélgica, com 809.897 sacas.

Fonte: Reuters

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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