Pesquisas revelam como esses extratos ajudam as plantas a resistir a estresses e contribuem para uma produção mais equilibrada
O potencial das macroalgas para aumentar a produtividade agrícola e reduzir os efeitos de estresses bióticos e abióticos foi o tema central da palestra do professor Carlos Alexandre Crusciol, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no evento Conexão Abisolo 2025, realizado no Centro de Convenções do Expo Dom Pedro, em Campinas (SP). Especialista em fisiologia vegetal e manejo de culturas, Crusciol apresentou evidências científicas de como o extrato da alga marinha Ascophyllum nodosum fortalece as plantas e ajuda a melhorar o rendimento das lavouras em condições climáticas adversas.
Segundo o pesquisador da Unesp, as perdas de produtividade agrícola estão diretamente ligadas aos estresses como seca, calor e frio, que são geneticamente determinados. Os extratos de macroalgas modulam essas respostas, otimizando o uso de energia e favorecendo o crescimento das plantas. Um dos conceitos-chave abordados é o do “priming”, processo pelo qual compostos bioativos das macroalgas “treinam” as plantas para reagir mais rápido e de forma mais eficiente, mantendo o metabolismo ativo e garantindo melhor desempenho produtivo.
Carlos Crusciol também traçou um panorama histórico do uso agrícola das macroalgas. Desde o século XVIII, espécies marinhas são aplicadas em solos costeiros europeus para melhorar a fertilidade. A partir da década de 1950, os extratos começaram a ser utilizados como biofertilizantes foliares, com destaque para Ascophyllum nodosum, reconhecida por sua eficácia e relevância econômica. Exclusiva do Atlântico Norte e adaptada a condições extremas, essa alga desenvolve compostos bioativos que conferem resistência a estresses ambientais. Aplicados às plantas, seus extratos ajudam no manejo do estresse, estimulam o crescimento radicular, equilibram a fisiologia e favorecem a absorção de nutrientes, resultando em plantas mais saudáveis e cultivos de qualidade superior.
De acordo com Bruno Carloto, gerente de marketing estratégico da Acadian, a maior empresa do segmento em bioestimulação através de extratos de algas, estudos recentes comprovam que os extratos de Ascophyllum nodosum aumentam a atividade enzimática, melhoram a absorção de nitrogênio, ampliam a tolerância ao frio e estimulam o desenvolvimento radicular em diversos cultivos. Além disso, compostos como polifenóis atuam de forma semelhante a hormônios vegetais, promovendo maior crescimento e melhor produtividade.
“Compreender e valorizar o potencial dessas espécies é dar um passo decisivo rumo a um futuro agrícola mais resiliente, sustentável e produtivo“, reforça Bruno Carloto.
Sobre a Acadian Sea Beyond
A Acadian Sea Beyond, fundada em 1981 no Canadá, é a maior empresa independente de coleta, manejo e extração de algas marinhas do mundo, além de ser líder internacional em soluções biológicas sustentáveis baseadas em ciência para cultivos de alto valor e cultivos em larga escala. A empresa está comprometida com o desenvolvimento de produtos inovadores e patenteados, com foco em sustentabilidade, produtividade e agricultura regenerativa. Presente em mais de 80 países, a Acadian se dedica à pesquisa com Ascophyllum nodosum, a alga marinha mais estudada do mundo, com resultados consistentes para bioestimulação de plantas.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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