Feijão: IBRAFE e APEXBRASIL selam acordo

O que esperamos é trabalhar com inteligência de mercado, negociações para que os países de destino diminuam as barreiras.

Amanhã haverá a assinatura do convênio IBRAFE/APEXBRASIL. Claro que será pouco antes de ser servida a feijoada para celebrar esta data. Serão investidos R$ 1 milhão para promover os Feijões do Brasil em 12 países prioritários, sendo que, destes recursos, 40% serão bancados pelos exportadores. Se o Brasil chegou em 220 mil toneladas exportadas pelo esforço individual dos exportadores desbravadores, o que se espera é que tenhamos um incremento interessante nestes números.

Entre outras inciativas, além das tracionais feiras, o que esperamos é trabalhar com inteligência de mercado, negociações para que os países de destino diminuam as barreiras que algumas vezes existem porque nunca pedimos para serem retiradas, como, por exemplo, países que mantêm imposto de importação alto para nosso produto. Estas negociações precisam de alguém que as faça, que negocie, que pleiteie. Veio em boa hora este acordo, uma vez que este ano as dificuldades mundiais e a diminuição de nossa produção poderão impor redução no volume exportado pelo Brasil. 

Em visitas ontem em Brasília, entre outras, à SPA – Secretaria de Política Agrícola do MAPA – o que ouvimos é que estão sensíveis às necessidades do setor. É o que temos visto na gestão do MAPA nestes últimos anos. Todos entendem que precisamos ter válvula de escape para produção de Feijão.

Portanto, se não avançarmos na exportação, corremos daí, sim, o risco que, se o produtor não sentir que pode gerar excedentes de Feijões, vai seguir diminuindo a área. Se todos voltarem a plantar somente carioca, teremos novamente períodos com preços altos seguidos de muito plantio e logo após preços baixos que desestimulam a produção e trazem prejuízo aos produtores e aos empacotadores. Assim, avançar na pesquisa e no plantio de outras variedades é o caminho e, ao que tudo indica, é o que todos entendem atualmente. 

Olhando para nosso mercado do dia a dia tem surgido a pergunta: menor safra de todos os tempos significa preço alto já? É a pergunta que se houve de todo lado, principalmente em regiões onde seja tradicional o plantio da terceira safra.

Fonte: Ibrafe
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