Fenômeno climático El Niño exige atenção na escolha de cultivares 

Consultor explica que produtores devem buscar cultivares que se adaptem a ambiente mais secos

Com o início do fenômeno El Niño, os produtores da região do MATOPIBA, que compreende os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, começam a se preocupar com as mudanças climáticas e o impacto nas lavouras. De acordo com o Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o fenômeno climático está de volta e deve afetar diversos países, inclusive o Brasil, previsão reforçada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que já havia feito o alerta em abril.

No Brasil, o El Niño pode reduzir a chuva em toda a área da Amazônia Legal. Além disso, a tendência é de haver uma diminuição no volume de precipitações na maior parte do Nordeste do país, com aumento da temperatura e da seca. Nos estados do Centro-Oeste a influência na chuva é mais variável, mas a temperatura tende a ficar acima da média. No Sul, há um aumento considerável do volume de chuvas, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com possibilidade de cheias e enchentes.

Para o consultor técnico de produtos na TMG – Tropical Melhoramento & Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, Diego Palharini, nos estados que compreendem o MATOPIBA, os produtores devem escolher cultivares com características como rápido arranque inicial para o bom estabelecimento das plantas e crescimento radicular robusto que, em possíveis períodos de seca, tendem a ter uma performance melhor. “Os agricultores precisam buscar cultivares que consigam atingir um bom desempenho mesmo em áreas com baixo potencial produtivo, como novas áreas agrícolas, solos arenosos em construção de fertilidade e regiões que comumente tenham mais probabilidade de passar por veranicos ou períodos curtos de estresses climáticos”, diz.

Cultivar TMG 2285 IPRO se adapta a áreas secas e arenosas

Para atender a demanda dos produtores da região, a TMG tem em seu portfólio a TMG2285IPRO, que apresenta alto teto produtivo mesmo em áreas de primeiro e segundo ano de cultivo, solos em construção de fertilidade (média/baixa) ou regiões com histórico de índices pluviométricos mais baixos. “Essa cultivar conta com a tecnologia Intacta RR2 PRO® e tem como pontos fortes um sistema radicular agressivo e um ótimo arranque inicial, aliado a uma arquitetura de planta com alto engalhamento, além do ciclo longo (G.M 8.5 – 135 a 145 dias dependendo da região). 

Outra característica que potencializa o bom desempenho, ainda de acordo com Palharini, é que essa cultivar tem o ciclo mais tardio, reduzindo os riscos de perda. “O produtor tem mais segurança, pois há uma janela de semeadura maior. Além disso, como a cultivar tem ciclo mais longo, tem seus estágios fenológicos com maior duração em dias e, como a possibilidade de ocorrer períodos de seca (veranicos) durante a próxima safra é maior, temos a chance de minimizar os efeitos em mais tempo e aumentar as chances de recuperação, não afetando estágios críticos de desenvolvimento, como período de formação de grãos e enchimento.

O consultor comenta ainda que a 2285 IPRO tem ampla resistência ao nematoide de cisto. “Em lavouras onde há uma maior pressão do nematoide, aliado a períodos de seca, é comum ocorrer a morte prematura de plantas. Em regiões mais secas e arenosas, os prejuízos podem ser ainda maiores, pois o patógeno dificulta a absorção de água e nutrientes pela raiz das plantas”, conta Palharini, que finaliza reforçando que “o agricultor deve sempre seguir as recomendações de manejo das cultivares para assegurar os bons resultados da lavoura”.

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