Freio de Ouro 2025 já tem favoritos: emoção e excelência marcam Classificatória Norte

A qualidade desempenhada em pista sinaliza que os exemplares vencedores devem chegar muito bem à final do Freio de Ouro, que será realizada durante a Expointer 2025.

A corrida cheia de emoção e de surpresas em busca das vagas foi o destaque das provas da Classificatória Gaúcha Norte, que teve a final realizada neste sábado (07/06), na Arena do Cavalo Crioulo, em Esteio (RS). A disputa acirrada entre os conjuntos no decorrer das etapas determinou os 16 classificados dentre o grupo de 86 concorrentes que iniciaram a semifinal. E a qualidade desempenhada em pista sinaliza que os exemplares vencedores devem chegar muito bem à final do Freio de Ouro, que será realizada durante a Expointer 2025.

“Tivemos médias altíssimas, de ganhadores de Freio, tanto nas fêmeas como nos machos, alternância de posições e morfologia importante. Saíram da Classificatória Norte alguns dos grandes aspirantes ao título do Freio de Ouro 2025”, declarou o vice-presidente de Exposições e Modalidades Seletivas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), André Luiz Narciso Rosa.

A tarde fria que marcou as disputas aqueceu, e muito, com a entrada em pista da única ginete da classificatória, Denise Leite Maciel, que com a colorada NH Forasteira (box 43) conseguiu o feito de arrancar duas placas pretas, tirando dez nas duas corridas de Campo II e saltando da décima para quarta posição. Ela garantiu assim a classificação para a final do Freio de Ouro.

A primeira a assegurar uma vaga entre as oito finalistas na Categoria Fêmeas foi a égua Guarita Godiva (box 26), depois de assumir e manter a primeira posição, desde a fase de Campo I e finalizar com uma paleteada espetacular. A tostada fez uma largada muito boa na prova de Campo II e cumpriu com ótimas retomadas e condução do novilho. “Ela está fisicamente muito bem treinada, fez provas muito boas e já tinha vencido a credenciadora. Agora, a Guarita Godiva é bi-finalista do Freio de Ouro, depois de correr em 2024”, comemora o proprietário do animal, Leonardo Alberton Ardenghy.

A égua do criador e expositor Luiz Carlos Ardenghy Sobrinho e Filhos, da Fazenda Guarita de Palmeira das Missões, largou com média morfológica de 7,153 (13ª lugar) e já nas etapas funcionais saltou para o quinto lugar na categoria. Após seu primeiro trabalho com os novilhos na etapa de Mangueira, chegou entre as três primeiras colocações. Mas foi na última corrida da etapa de Campo I em que ela ultrapassou de vez as concorrentes, conquistando a vantagem da liderança.

Mantendo o desempenho no sábado decisivo, a vencedora terminou a seletiva com expressivos 20,257 de média final. “A Godiva é uma égua que sempre se mostrou muito viva, ativa, confirmou tudo que ela podia dar e hoje nos deu uma alegria incomparável”, disse o proprietário do animal, Luíz Carlos Ardenghy. O ginete Daniel Waihrich Marim Teixeira disse que a égua é um animal diferente, extremamente habilidosa, “com uma força ímpar”, afirmou.

Na categoria Machos, o vencedor foi o exemplar colorado Justiceiro 111 do Imaguaré (box 80), que já havia figurado na ponta nas etapas funcionais e que retornou à liderança após a prova de Mangueira II, se mostrando um cavalo muito firme, sério, parelho e que fez uma apresentação digna de um dos fortes concorrentes para a final do Freio de Ouro 2025, fechando sua participação com 20,261 de média. “O Justiceiro é um cavalo que tem uma morfologia muito importante e conseguimos trazer ele bem, conquistamos a vaga e, de quebra, a vitória. Estamos muito felizes e com o sentimento de dever cumprido”, declarou o ginete Fabricio Brunelli Barbosa.

O criador é Kerlon de Ávila Farias e o expositor Marcelo Farias da Silva, da cabanha Treze Tílias, de Sertão Santana (RS), que destaca a importância do cavalo, pelo condomínio feito junto com amigos e por ser um exemplar bom e bonito, como ele descreve. “Ele foi oitavo lugar no Freio de Ouro em 2022 e hoje fez uma grande prova, teve médias bem e estou muito feliz de voltar para o Freio para torcer junto com os amigos”, disse Silva. 

Entre as fêmeas, o segundo lugar ficou com a picaça bragada Harmonia Escaramuça (box 34) criador e expositor Harmonia Agricultura e Pecuária LTDA, de Santa Vitória do Palmar. O ginete foi Ricardo Gigena Wrege. O terceiro lugar ficou com a zaina negra, Lem Musa (box 04), montada por Cezar Augusto Schell Freire, do criador Luiz Eduardo Mehl e do expositor Fabio Duarte Stumpf, Fazenda Guabiju, Esmeralda (RS). A quarta colocada foi a colorada NH Forasteira (box 43) do criador e expositor Valdecir José Köhler, da Cabanha Novo Horizonte, Horizontina-RS, cujo ginete foi Denise Leite Maciel.  

O segundo lugar, na categoria Machos, foi do gateado Cara Cara Aña Chera’a (box 63) montado por Gabriel Viola Marty, cujo criador é Nestor Oscar Sieber e o expositor Condomínio Santo Aniceto, Estância Espinilho, Barra do Quaraí (RS). A terceira colocação entre os machos foi do colorado Travessão do Ouriço (box 57), criador e expositor Luis Augusto Weber da cabanha do Ouriço, Carazinho (RS). O ginete foi Eduardo Weber de Quadros. A quarta vaga para a final do Freio de Ouro foi conquistada pelo gateado Arrayan Tuerca (box 71) do criador Gutierrez Sapelli Hnos, expositor RBM Importação e Exportação LTDA, montada por Ricardo Gigena Wrege.  

Os dois trios de jurados que avaliaram o desempenho dos equinos que disputaram a  Classificatória Gaúcha Norte foram, na categoria Fêmeas, Carlos Marques Gonçalves Neto, Júlio César Hax e Vinicius Guedes de Freitas e Felipe Caccia Maciel, João Luis Arísio e Thiago Schilling de Ávila, na categoria machos. O jurado reservado foi Luís Rodolfo da Costa Machado. Enquanto a supervisão técnica da semifinal ficou a cargo de Tiago José Mallmann.

A Classificatória Norte foi transmitida ao vivo no Youtube do Cavalo Crioulo Oficial. Nesta etapa, a apresentação foi do jornalista Sandro Fávero, na categoria Fêmeas, e de Estela Facchin na categoria Machos. Já os comentários ficam a cargo de Christina Freitas Bandeira de Mello e Ramiro Raposo de Moura, incluindo também uma novidade para este ciclo: a reportagem com todos os detalhes de bastidores, neste evento trazidos por João Paulo Miolo Santos.

Inclusão de Ouro promove participação de pessoas com deficiência nas provas do Cavalo Crioulo

Durante a Classificatória Norte, foi realizada a Inclusão de Ouro, etapa da modalidade que visa promover a participação de pessoas com deficiência física ou cognitiva, em provas equestres: a Inclusão de Ouro. “Ficamos encantadas de ver a qualidade de vida que o cavalo proporciona, tanto para a família como para a pessoa que monta. Prova sensacional que tem todos os cuidados de segurança e que nos mostra que o cavalo em si tem a habilidade de saber quem está em cima e como ele vai se comportar”, disse a comentarista da prova, Christina Freitas Bandeira de Mello.

O vencedor da Força A foi o ginete Gabriel Paiva dos Santos Alfaro, montando o colorado Piraí 1767 (box 04), do criador Paulo Tavares Móglia e do expositor Leandro da Silva. A Força C contou com a participação especial da ginete Pérola Hess, que montou o picaço salino Poncho Negro do Recanto (box 3), criado e exposto pelo pai da ginete, Adelmo Hess. 

A dupla de jurados da Etapa Classificatória do Inclusão de Ouro foi Felipe Caccia Maciel e Júlio César Hax. A próxima etapa será realizada junto com a Classificatória Paraná.

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