Frigol anuncia maior lucro da história da empresa

Alta de 226% em relação a 2021. Para o CEO da FriGol, Eduardo Masson, os avanços na estrutura de capital estão entre os principais destaques do ano.

A FriGol registrou os melhores resultados financeiros e operacionais de sua história, atingindo uma receita bruta de R$ 3,8 bilhões em 2022, crescimento de 21% na comparação anual. Foi o terceiro ano consecutivo de crescimento acima de 20%, o que contribui para consolidar sua posição entre os principais frigoríficos do país.

O crescimento foi acompanhado da rentabilidade, com lucro líquido de R$ 133 milhões, resultado 226% maior do que em 2021. Já o EBITDA foi de R$ 251 milhões, aumento de 101% na comparação anual, com margem de 7%. Resultado da disciplina financeira, a empresa diminuiu a alavancagem para 1.1x Dívida Líquida/EBITDA (ante 1.3x em 2021).

“Devido à estratégia de diversificar mercados e escolher os mais rentáveis, a exportação representou 53% de nosso faturamento”, explica Eduardo Miron, CEO da FriGol. A China foi o principal destino, seguida de Israel. No ano passado, a companhia ampliou o número de habilitações que já contemplava 60 países no portfólio de exportação, conquistando novas habilitações para o Reino Unido, Irã, Líbano, Argentina e Canadá. “Esse movimento deve continuar, pois que em 2023 já recebemos habilitação para venda para Indonésia”, pontua o CEO.

No mercado interno, que pese o fato do setor ter sido impactado pela queda do consumo de carne bovina, como um reflexo ainda da crise de Covid-19, da inflação e da queda do poder aquisitivo, a companhia seguiu investindo para atender cada vez melhor os clientes e focando vendas de maior valor agregado. Nesse sentido, inaugurou um novo centro de distribuição em Jandira (SP) para atender a Grande São Paulo e expandiu o Açougue Completo, projeto bem-sucedido em parceria com supermercados, que chegou ao fim de 2022 com 50 lojas no Estado de São Paulo.

Para o CFO da FriGol, Eduardo Masson, os avanços na estrutura de capital estão entre os principais destaques do ano. “Em 2022, alteramos significativamente nossa estrutura de capital, dando robustez para o caixa da companhia e atingindo um saldo de R$ 259 milhões no fechamento do ano, um aumento de 167% em relação a 2021”, pontua. O executivo relembra o fato da FriGol ter debutado no mercado de capitais em 2022, com duas emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), captando R$ 210 milhões, que foram utilizados para o alongamento da dívida.  

Para seguir o ciclo virtuoso de crescimento, a sustentabilidade está no centro da estratégia de negócios da FriGol. Em 2022, as iniciativas de rastreabilidade da cadeia produtiva foram coroadas com a auditoria do Ministério Público Federal no Pará, que confirmou que 100% das compras de gado e fornecedores estavam em conformidade com critérios socioambientais, bem como a edição do primeiro Relatório Anual e de Sustentabilidade e o primeiro inventário de gases do efeito estufa.

No ano, a companhia também evoluiu em sua governança, contando com o Conselho de Administração, que é composto por sete membros, sendo três mulheres e dois conselheiros independentes, além do suporte da Ernst & Young nos processos internos, da Deloitte no Canal de Denúncia e da Grant Thornton na auditoria externa.

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Foto: Roberto Barcellos

Novas habilitações

Em janeiro de 2023 a unidade da FriGol em Água Azul do Norte, no Pará, foi habilitada para exportar para a Indonésia. A habilitação vem ao encontro da estratégia da companhia de alcançar novos mercados, diversificar as vendas e promover o crescimento sustentável.

O Sudeste Asiático é o segundo maior mercado da Ásia, somente atrás da China, com potencial de desenvolvimento de consumo de carne bovina e, por isso, está no foco da empresa. No fim do ano passado, nosso diretor comercial, Pedro Bordon, participou de uma missão internacional que reuniu empresários e autoridades brasileiras com a finalidade de incrementar as relações comerciais com a Indonésia e outros países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

A Indonésia agora incorpora a lista dos mais de 60 países para os quais exportamos, espalhados pela América do Sul e do Norte, Europa, Oriente Médio, Ásia e África.

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