Os contratos futuros de milho mais ativos da CBOT caíram 3,1% nesse período antes de declinarem mais 1,3% entre quarta e sexta-feira.
Quando se trata de contratos futuros de milho em Chicago, os especuladores costumam manter apostas muito otimistas por um longo período. Abandoná-las depois de apenas alguns meses é incomum.
Mas os investidores podem estar pessimistas em relação aos relatórios de segunda-feira do Departamento de Agricultura dos EUA, depois que as incertezas do comércio global estimularam períodos atípicos de vendas de milho no início deste ano.
Na semana encerrada em 6 de maio, os gestores de recursos reduziram suas posições compradas líquidas em futuros e opções de milho na CBOT para 13.893 contratos, ante 71.329 na semana anterior. Essa é a visão menos otimista para o milho desde que estabeleceram a posição comprada líquida há seis meses, e está significativamente abaixo da máxima do ano, de mais de 360.000 contratos.
Os contratos futuros de milho mais ativos da CBOT caíram 3,1% nesse período antes de declinarem mais 1,3% entre quarta e sexta-feira.
Estimativas diárias de negociação sugerem que os especuladores estão com uma posição líquida vendida em milho nesta semana.
Em média, analistas esperam que o USDA projete na segunda-feira os estoques finais de milho dos EUA para 2025-26 perto de 2 bilhões de bushels, um aumento de 40% no ano devido à grande área plantada.
Trigo
Os gestores de fundos reduziram suas posições vendidas líquidas em futuros e opções de trigo da CBOT na semana encerrada em 6 de maio, mas suas visões permanecem fortemente pessimistas para qualquer época do ano, em 113.734 contratos.
O trigo russo dominou o mercado de exportação, mantendo os preços globais sob controle. O trigo mais ativo na CBOT registrou na sexta-feira seu menor valor desde agosto de 2020.
A Rússia, principal exportadora, e a vizinha Ucrânia podem não colher uma safra excelente este ano, o que pode pressionar o fornecimento global de trigo até 2025-26. Mas a retração geral da China como importadora global de grãos aliviou algumas das preocupações com o fornecimento.
No entanto, o calor extremo no cinturão de trigo da China pode ter recentemente gerado algumas compras da Austrália e do Canadá.
Analistas preveem que os estoques globais de trigo de 2025-26 permanecerão praticamente inalterados em relação a 2024-25.
Na semana passada, gestores de recursos ampliaram ainda mais o que havia sido uma posição vendida líquida recorde em futuros e opções de trigo em Kansas City. Eles também mantêm perspectivas bastante pessimistas em relação ao trigo de Minneapolis.
Soja
Na semana encerrada em 6 de maio, os gestores de recursos reduziram suas posições compradas líquidas em futuros e opções de soja na CBOT para 21.870 contratos, ante 38.202 na semana anterior. Os contratos futuros de julho subiram 1% nas últimas três sessões, portanto, os fundos podem permanecer otimistas no início da semana.
Analistas esperam que os estoques de soja dos EUA em 2025-26 sejam semelhantes aos de 2024-25. Mas os estoques globais devem aumentar, especialmente com o Brasil provavelmente expandindo a área plantada pelo 19º ano consecutivo.
A demanda chinesa continuará sendo um fator imprevisível em 2026, principalmente em meio à desaceleração do crescimento econômico do maior importador de soja. O uso estagnado de soja chinesa, somado à enorme safra brasileira, pode tornar a guerra comercial entre EUA e China mais tolerável para os importadores chineses de soja. 
Produtos de soja
Os gestores de recursos elevaram suas posições vendidas líquidas em futuros e opções de farelo de soja da CBOT para outra máxima histórica até 6 de maio. Essa posição recorde de 103.457 contratos ocorreu apesar de algumas novas posições compradas brutas terem entrado no mercado.
Os fundos reduziram suas posições compradas líquidas em futuros e opções de óleo de soja na CBOT até 6 de maio, de 63.387 contratos na semana anterior para 56.738. Isso interrompeu uma sequência de cinco semanas de compras líquidas, apoiada pela forte demanda de exportação de óleo de soja dos EUA.
Em fevereiro, as projeções preliminares do USDA para 2025-26 sugeriram que as exportações de farelo de soja dos EUA manteriam seu ritmo recorde, à medida que a capacidade de processamento continua a se expandir. As exportações de óleo de soja também deveriam permanecer fortes como no ano atual.
Karen Braun é analista de mercado da Reuters. As opiniões expressas acima são dela.
Autora: Karen Braun
Fonte: Reuters
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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