
Um acordo histórico fortalece a exportação de café do Brasil para a China. a gigante rede de cafeterias chinesa Luckin Coffee vai comprar 4 milhões de sacas de café brasileiro, representando um montante estimado de R$ 2,5 bilhões em negociações.
A rede de cafeterias chinesa Luckin Coffee firmou, nesta terça-feira (19), um acordo para a compra de 4 milhões de sacas de café brasileiro entre 2025 e 2029. O compromisso, assinado em Brasília durante o encontro do G20, prevê a aquisição de 240 mil toneladas de café, representando um montante estimado de R$ 2,5 bilhões em negociações. O Brasil, maior produtor e exportador global, reafirma seu protagonismo no mercado internacional de café ao estabelecer parcerias comerciais robustas com a crescente economia asiática.
O papel da Luckin Coffee na expansão do mercado chinês
A Luckin Coffee, gigante do setor com mais de 21 mil cafeterias na China, demonstrou crescente interesse pelo café brasileiro. Este é o segundo acordo de grande escala firmado pela empresa com o Brasil. O primeiro, assinado em junho, previa a compra de 120 mil toneladas de café arábica no valor de US$ 500 milhões. Desta vez, o contrato inclui também o café canéfora (robusta e conilon), diversificando a oferta brasileira no mercado chinês.
Segundo o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, a decisão de incluir o canéfora é estratégica: “Os chineses costumavam importar café do Vietnã, mas a queda na produção vietnamita devido a questões climáticas abriu novas oportunidades para o Brasil, que é responsável por um terço da produção global de café.”
Consumo crescente e novas perspectivas para o café brasileiro
O volume de café envolvido no acordo representa mais da metade do consumo anual de café na China, projetado para atingir 6,2 milhões de sacas em 2024/25, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O consumo chinês, embora ainda pequeno em comparação a outros mercados, cresce rapidamente e apresenta um potencial de expansão significativo, com 300 milhões de consumidores potenciais.
Para o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, o acordo simboliza um avanço crucial: “Essa expansão do mercado chinês para o café brasileiro é uma oportunidade de fortalecer nossa produção e criar uma parceria duradoura.” Ferreira também destacou que a China já começa a demonstrar maior apreço pelo produto nacional, inclusive com lojas temáticas que promovem o café brasileiro.
Impactos econômicos e comerciais
O novo contrato reforça os laços comerciais entre Brasil e China, consolidando o café brasileiro como um dos produtos preferenciais para atender à demanda chinesa. A negociação de 240 mil toneladas promete estimular ainda mais a economia cafeeira nacional, especialmente em um momento em que outros mercados enfrentam desafios de oferta.
A participação do Brasil no mercado chinês tem aumentado significativamente. De janeiro a outubro deste ano, a China ocupou o 14º lugar entre os principais destinos do café brasileiro, com a importação de 713 mil sacas, segundo dados do Cecafé. Com o novo acordo, espera-se um crescimento exponencial dessa relação.
Acordo além do café brasileiro
A assinatura do acordo ocorreu em meio a uma série de negociações bilaterais no setor agropecuário, anunciadas durante a reunião do G20. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, além do café, foram firmados pactos para exportação de miúdos de bovinos e suínos e frutas para o mercado chinês, ampliando as oportunidades para o agronegócio brasileiro.
O início de uma parceria estratégica
O CEO da Luckin Coffee, Jinyi Guo, enfatizou a importância do Brasil como fornecedor: “A qualidade do café brasileiro é incomparável. Estamos ansiosos para expandir ainda mais essa parceria, que já tem gerado um impacto extraordinário em nossos 300 milhões de clientes.”
Para especialistas, o acordo representa um marco para a cafeicultura brasileira e reforça o protagonismo do país no cenário global. Com perspectivas de novos contratos e a inclusão de produtos diversificados, o café brasileiro consolida sua presença em um dos mercados mais promissores do mundo.
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