Gigante dos grãos leva mais de R$ 60 milhões de prejuízo

Polícia diz que transportadoras contratadas para levar milho e soja mandavam motoristas levarem cargas para outros endereços. Dois empresários, um gerente e um contador foram detidos.

A empresa vítima contratava empresários do ramo transporte para levar grãos como milho e soja. Os motoristas, então, pegavam as notas fiscais em fazendas, silos e armazéns. Com os produtos, os empresários contratados entravam em contato com os condutores e determinavam que a entrega ocorresse em endereço diferente do acordado. A multinacional, com sede em Rio Verde/GO, apurou a polícia, teve prejuízo de mais de 60 milhões!

Um grupo foi preso suspeito de desviar mais de R$ 60 milhões em cargas de milho e soja de uma multinacional em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Segundo a Polícia Civil, a empresa contratava transportadoras para levar os grãos e, os chefes deles, os mandavam entregar as cargas em endereços diferentes dos combinados.

A delegacia identificou todos os membros do grupo e prendeu dois empresários, nesta terça, além de um gerente e um contador das empresas de transporte. Além disso, diversos caminhões foram apreendidos.

Durante a operação, chamada de Expurgos e deflagrada na terça-feira (29), os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão temporária contra dois empresários, um gerente e um contador das empresas de transporte. Além disso, vários veículos, entre carros e caminhões, foram apreendidos.

Até a última atualização desta reportagem, o Compre Rural não havia obtido contato com as defesas dos suspeitos para que se posicionem.

Já a empresa que foi vítima do esquema criminoso disse que não vai comentar o caso, mas afirmou que está colaborando com as investigações.

Investigação

O delegado Alexandre Bruno, da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), disse que a investigação do caso começou há mais de um ano.

Ele explicou que o crime funcionava da seguinte forma: a empresa contratava empresários do ramo de transportes para transportar milho e soja. Os grãos, então, eram embarcados por essas empresas, os motoristas pegavam as notas e, durante o transporte, os donos das transportadoras determinavam que eles entregassem as cargas em outros locais.

Conforme o investigador, o crime aconteceu em um período de dois anos, levando a multinacional a um prejuízo de R$ 60 milhões.

Após as investigações, a corporação disse que identificou todos os membros da associação criminosa, no entanto, afirmou que vai continuar apurando o caso.

Titular da Decar, o delegado Alexandre Bruno afirma que as investigações continuarão. O objetivo é averiguar qual era atuação de cada suspeito e quanto cada um deu de prejuízo à multinacional.

A divulgação da imagem dos presos e dos foragidos foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme Despacho do(a) Delegado(a) de Polícia responsável pelo inquérito policial, de modo que a publicação de sua imagem possa auxiliar no surgimento de novas vítimas e testemunhas que façam seu reconhecimento, além de novas provas.

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