
Ação busca controlar a superpopulação da espécie invasora que ameaça biodiversidade e segurança em áreas de conservação. Governo destina R$ 1,11 milhão para captura e abate de javalis e javaporcos em São Paulo.
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), anunciou a abertura de edital para contratar serviços de monitoramento e controle de javalis e javaporcos em cinco unidades de conservação no estado. O objetivo da iniciativa é a captura e abate dessa espécie exótica e invasora, que tem causado sérios prejuízos à biodiversidade e representado risco aos frequentadores dessas áreas.
A ação será realizada nas Estações Ecológicas de Angatuba, Barreiro Rico, Itirapina e Santa Bárbara, além do Parque Estadual de Ilhabela. O valor estimado para a contratação do serviço é de R$ 1,11 milhão, e os interessados têm até o próximo dia 23 para enviar propostas. A abertura dos envelopes acontecerá no mesmo dia, às 9h.
✅ O edital completo está disponível no site oficial do governo (www.gov.br/compras).
Javalis e javaporcos: um problema ambiental e de saúde pública
O javali-europeu (Sus scrofa), introduzido no Brasil, tornou-se uma espécie invasora devido à ausência de predadores naturais no país. O cruzamento com porcos domésticos originou o javaporco, uma versão ainda maior e mais destrutiva. Esses animais possuem alta capacidade de reprodução e dispersão, invadindo florestas e plantações, onde consomem diversas espécies vegetais e danificam o solo e nascentes.
Além disso, os javalis e javaporcos atacam outros animais, incluindo espécies nativas, e transmitem doenças como febre aftosa, leptospirose e peste suína clássica, representando riscos à saúde pública e à economia. Segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), o javali está listado entre as 100 piores espécies exóticas invasoras do mundo, devido aos impactos negativos que gera.

Como será realizado o controle
O serviço contratado prevê a instalação de armadilhas, como cercados com iscas de milho para atrair os animais, que serão capturados e posteriormente abatidos. As carcaças serão descartadas de forma apropriada, conforme as normas ambientais.
Quem vencer a licitação precisará apresentar um plano de ação que inclua:
- Mapeamento da presença dos animais nas áreas de conservação.
- Instalação de armadilhas para captura.
- Métodos de abate humanizados, que evitem estresse ou afugentamento da espécie.
O controle prevê o abate de até 380 animais, sendo 50 em cada uma das Estações Ecológicas de Angatuba, Barreiro Rico e Santa Bárbara, 30 em Itirapina e 200 no Parque Estadual de Ilhabela.
Especialistas alertam para os impactos e a importância do controle
De acordo com o biólogo Davi Nunes Veloso, a presença de javalis e javaporcos no Brasil é um dos principais desafios para a conservação ambiental.
“Essas espécies são consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade, atrás apenas das mudanças climáticas. Além disso, podem ser vetores de doenças e parasitoses, causando impactos à saúde, economia e recursos naturais”, afirmou.
Ele destacou também que o controle, por meio do abate, é essencial, mas requer atenção para evitar erros que prejudiquem a fauna local.
“Já ouvi relatos de pessoas que abateram espécies nativas de suínos, como catetos e queixadas, alegando serem javalis. Isso reforça a importância do trabalho de monitoramento da fauna realizado por biólogos antes de qualquer ação,” explicou o especialista.

Um esforço necessário para proteger a biodiversidade
Com a iniciativa, o Governo de São Paulo busca conter os danos causados pela superpopulação de javalis e javaporcos nas áreas de conservação, protegendo a biodiversidade e garantindo a segurança dos frequentadores. A expectativa é que o plano de ação, aliado ao rigor técnico, traga resultados positivos para a preservação ambiental e a mitigação dos impactos da espécie invasora.
Interessados no edital podem acessar mais informações e acompanhar o andamento da licitação pelo site oficial.
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