
O tutor do cavalo admitiu ter realizado o corte das patas do animal, mas justificou que agiu apenas depois de acreditar que o cavalo havia falecido
A morte de um cavalo vítima de mutilação em Bananal, no interior de São Paulo, chocou a população e mobilizou ativistas e artistas de todo o país. O episódio, ocorrido no último fim de semana, está sendo investigado pela Polícia Civil como crime de maus-tratos a animais, com agravante pela morte do animal.
Segundo informações registradas em boletim de ocorrência, o tutor do cavalo, um jovem de 21 anos, participava de uma cavalgada na zona rural do município acompanhado de uma testemunha. Durante o percurso, o animal branco demonstrou sinais de exaustão, deitou no chão e apresentou dificuldade para respirar até parar por completo.
A testemunha afirmou que, acreditando que o cavalo já estivesse sem vida, o tutor teria utilizado um facão para golpear as patas do animal. Apesar disso, o laudo oficial ainda vai apurar se o cavalo estava de fato morto no momento da mutilação.
O tutor admitiu ter realizado o corte, mas justificou que agiu apenas depois de acreditar que o cavalo havia falecido. Tanto ele quanto a testemunha prestaram depoimento e foram liberados em seguida.
Repercussão e mobilização social
As imagens do cavalo mutilado circularam pelas redes sociais, despertando forte comoção e indignação. A cantora Ana Castela, a ativista de defesa animal Luísa Mell e a atriz Paolla Oliveira foram algumas das personalidades que cobraram justiça publicamente.
Ana Castela publicou em suas redes sociais uma manifestação chamando o tutor de “covarde” e pedindo que o caso fosse amplamente divulgado para que não ficasse impune. Já Luísa Mell classificou o episódio como “um ato monstruoso” e afirmou que está em contato com autoridades locais para acompanhar o andamento da investigação. A atriz Paolla Oliveira reforçou as cobranças por responsabilização.
Autoridades locais
A Prefeitura de Bananal informou que acionou imediatamente a Polícia Civil e a Polícia Ambiental assim que teve conhecimento do ocorrido. Em nota oficial, declarou repudiar qualquer forma de crueldade contra animais e reafirmou seu compromisso com políticas de proteção e bem-estar animal.
O inquérito segue em andamento. O caso foi registrado como prática de abuso contra animal, cuja pena pode ser agravada pela morte. Até o momento, não houve prisão.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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