Criado na França dos anos 70, o horseball evoluiu de um jogo militar para uma modalidade global que exige técnica, velocidade e perfeita sintonia entre cavalo e cavaleiro.
Poucos esportes conseguem unir a explosão tática do rugby, a dinâmica do basquete e a elegância da equitação. O horseball é um deles. Embora pareça moderno, seu embrião remonta ao início do século XX, inspirado em práticas equestres de diferentes países até ganhar forma definitiva na França, que profissionalizou a modalidade e a levou ao cenário mundial. Hoje, o esporte é praticado nos cinco continentes, movimenta competições internacionais e conquista cada vez mais adeptos pela combinação perfeita entre adrenalina, disciplina e estratégia.
A seguir, você confere um panorama completo, histórico, técnico e cultural, deste fascinante esporte.
Embora o horseball tenha sido oficializado apenas nos anos 1970, suas raízes são mais antigas e diversas:
- Bouzkachi (Afeganistão): jogo tradicional em que cavaleiros competem por uma carcaça de cabra, exigindo velocidade, força e precisão.
- Pato (Argentina): esporte nacional argentino, mistura de polo com basquete, no qual equipes montadas disputam uma bola com alças.
Inspirado nesses dois jogos, o Capitão Clavé, membro do exército francês e campeão mundial de salto, criou nos anos 1930 uma versão adaptada para os centros equestres europeus. Mas foi apenas na década de 70 que o horseball ganhou organização esportiva.

A virada dos anos 70
A Federação Equestre Francesa definiu as regras modernas do horseball, estruturou competições e deu início à expansão internacional. Em 1999, nasceu a Federação Internacional de Horseball (FIHB), responsável até hoje por:
- Gerenciar e promover o esporte no mundo
- Organizar campeonatos internacionais
- Manter interlocução com a Federação Equestre Internacional (FEI)
A partir daí, o horseball rompeu fronteiras e se consolidou como uma das modalidades equestres mais dinâmicas e emocionantes do planeta.
O horseball é uma modalidade mista, com atletas homens e mulheres competindo lado a lado, sempre acompanhados de seus cavalos, que também são considerados parte essencial da equipe.
Estrutura do jogo
- Duas equipes com 6 jogadores
- 4 entram em campo
- 2 ficam como reservas
- Campo retangular
- 65m x 25m (variação para 70m x 30m)
- Superfície obrigatória: areia macia
- Duração
- Dois tempos de 10 minutos
- Intervalo de 3 minutos

O objetivo
Marcar gols arremessando a bola através de uma cesta vertical instalada a 3,5 metros de altura em cada extremidade do campo.
As principais regras
- Três passes obrigatórios entre três jogadores diferentes antes de qualquer tentativa de gol.
- Posse de bola limitada a 10 segundos, exigindo movimentação rápida e eficiente.
- Proibição de desmontar: ao deixar a bola cair, o jogador deve pegá-la em movimento, usando a técnica do ramassage — uma manobra em que o cavaleiro se inclina lateralmente até tocar a bola sem perder o controle do animal.
- Contato físico controlado: a disputa lembra o rugby, mas existem regras rígidas para preservar a segurança dos cavalos e atletas.
Esses elementos fazem do horseball um esporte de altíssima intensidade, no qual coordenação motora, confiança no cavalo, preparo físico e estratégia coletiva definem a vitória.
Ao longo das últimas décadas, o horseball deixou de ser um “jogo francês” para se tornar uma modalidade internacional. Hoje, já está presente em todos os continentes, com destaque para:
- França, potência absoluta, responsável pela formação de atletas e difusão técnica;
- Espanha, Portugal e Itália, que organizam ligas competitivas;
- Argentina, que conecta o horseball às tradições do pato;
- Canadá e Reino Unido, que investem em categorias de base;
- Brasil, onde clubes equestres começam a introduzir o esporte entre jovens e adultos.
O crescimento global reforça que o horseball não é apenas uma modalidade esportiva — é uma prática cultural que valoriza habilidade, parceria com o cavalo, trabalho em equipe e respeito às tradições equestres.
O horseball encanta pela soma de elementos que o tornam singular:
- A adrenalina do contato físico (como no rugby)
- A tática dos passes rápidos (como no basquete)
- A elegância e precisão da equitação
- A intensa conexão entre cavalo e cavaleiro
- A velocidade das transições entre ataque e defesa
É um dos poucos esportes em que homens, mulheres e cavalos competem como um só organismo, movimentando-se em harmonia e estratégia.
Além disso, é uma modalidade que desenvolve:
- Liderança
- Reflexos rápidos
- Tomada de decisão
- Disciplina
- Trabalho em equipe
- Respeito ao animal
Por isso cresce especialmente entre jovens cavaleiros, que encontram no horseball uma combinação envolvente entre desafio, velocidade e aprendizado.
O horseball não é apenas um esporte; é a síntese perfeita entre tradição, técnica e inovação equestre. Criado na França, inspirado em práticas afegãs e argentinas, oficializado nos anos 70 e internacionalizado a partir de 1999, ele se tornou um patrimônio esportivo global.
Com suas regras dinâmicas, exigências técnicas elevadas e cenários competitivos cada vez mais profissionais, o horseball segue ganhando espaço, e promete conquistar ainda mais admiradores no Brasil e no mundo.
Se você ainda não conhecia essa modalidade, prepare-se: o horseball é daqueles esportes que, quando você entende, não consegue mais parar de assistir.
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