
O mês de maio teve maior abate no trimestre, 3,59 milhões de cabeças, alta de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Rio, 10 – Os produtores brasileiros abateram 10,46 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no segundo trimestre de 2025, uma alta de 3,9% em relação ao segundo trimestre de 2024, segundo os resultados das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgados nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao primeiro trimestre de 2025, houve aumento de 5,5%.
O mês de maio teve maior abate no trimestre, 3,59 milhões de cabeças, alta de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
“O abate de fêmeas teve alta de 16% em relação ao mesmo período de 2024, o que demonstra a continuação da tendência de aumento do abate dessa categoria ainda no primeiro semestre de 2025”, apontou o IBGE.
Foram abatidas 395,98 mil cabeças de bovinos a mais no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi puxado por aumentos em 20 das 27 Unidades da Federação (UFs), com destaque para São Paulo (+129,52 mil cabeças), Pará (+87,09 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+50,45 mil cabeças), Bahia (+36,31 mil cabeças), Rondônia (+32,66 mil cabeças) e Pernambuco (+30,15 mil cabeças). As quedas mais significativas ocorreram no Mato Grosso (-85,43 mil cabeças) e Minas Gerais (-52,98 mil cabeças).
Mato Grosso manteve a liderança no abate, com 16,7% da participação nacional, seguido por São Paulo (10,9%) e Goiás (10,1%).
Suínos
Os produtores brasileiros abateram 15,01 milhões de cabeças de suínos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no segundo trimestre de 2025, uma alta de 2,6% em relação ao segundo trimestre de 2024, segundo o IBGE. Em relação ao primeiro trimestre de 2025, houve um avanço de 4,1%.
“Este resultado trimestral representou o maior abate para os meses de maio e junho, e foi recorde na série histórica iniciada em 1997”, destacou o IBGE.
Houve um abate de 385,93 mil cabeças de suínos a mais no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado por aumentos em 12 das 26 Unidades da Federação participantes da pesquisa, com destaque para Rio Grande do Sul (+179,24 mil cabeças), Minas Gerais (+95,87 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+94,53 mil cabeças) e Paraná (+60,09 mil cabeças). As principais quedas ocorreram em Santa Catarina (-36,08 mil cabeças), Mato Grosso (-20,45 mil cabeças) e Goiás (-1,71 mil cabeças).
Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos, com 28,0% de participação nacional, seguido por Paraná (21,7%) e Rio Grande do Sul (17,8%).
Frangos
Os produtores brasileiros abateram 1,64 bilhão de frangos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no segundo trimestre de 2025, uma alta de 1,1% em relação ao segundo trimestre de 2024, segundo o IBGE. Em relação ao primeiro trimestre de 2025, houve alta de 0,4%.
“Recorde para um segundo trimestre, este resultado teve no mês de maio o maior registro mensal de abate de frangos de toda a série histórica iniciada em 1997”, destacou o IBGE.
Foram abatidos 18,44 milhões de frangos a mais no segundo trimestre de 2025 ante o mesmo período do ano anterior. O avanço foi puxado por aumentos em 19 das 26 Unidades da Federação que participaram da pesquisa, com destaque para São Paulo (+11,12 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (+9,31 milhões de cabeças), Santa Catarina (+5,68 milhões de cabeças) e Goiás (+4,14 milhões de cabeças). As quedas mais expressivas ocorreram no Paraná (-13,17 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-1,44 milhões de cabeças), Mato Grosso (-1,05 milhões de cabeças) e Minas Gerais (-944,29 mil cabeças).
O Paraná manteve a liderança no abate de frangos, com 34,1% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,7%) e Rio Grande do Sul (11,4%).
Produção de ovos
A produção de ovos de galinha no País somou 1,24 bilhão de dúzias no segundo trimestre de 2025, segundo o IBGE.
O montante representa uma alta de 6,2% em relação ao segundo trimestre de 2024. Na comparação com o primeiro trimestre de 2025, houve elevação de 2,9%.
Foram produzidas 72,39 milhões de dúzias de ovos a mais no segundo trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2024. O resultado é decorrente de aumentos em 23 das 26 Unidades da Federação com granjas enquadradas no universo da pesquisa, com destaque para os avanços em São Paulo (+11,82 milhões de dúzias), Pernambuco (+11,18 milhões de dúzias) e Minas Gerais (+8,29 milhões de dúzias).
Mais da metade das granjas (54,6%), 1.141 estabelecimentos, produziram ovos para o consumo, respondendo por 83,0% do total de ovos produzidos, enquanto 949 granjas (45,4%) produziram ovos para incubação, o equivalente a 17,0% do total de ovos produzidos.
O Estado de São Paulo manteve a liderança na produção de ovos, com 25,6% do total nacional, seguido por Minas Gerais (9,9%), Paraná (9,3%) e Espírito Santo (7,9%).
Aquisição de leite
A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) no País somou 6,50 bilhões de litros no segundo trimestre de 2025, segundo o IBGE.
O montante representa uma elevação de 9,4% em relação ao segundo trimestre de 2024. Na comparação com o primeiro trimestre de 2025, houve queda de 1,0%.
“Trata-se da maior aquisição de leite nesses estabelecimentos para um segundo trimestre de toda a série histórica”, ponderou o IBGE.
O preço médio do leite pago ao produtor ficou em R$ 2,75 no segundo trimestre de 2025, um aumento de 5,4% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Em relação ao quarto trimestre de 2024, houve recuo de 0,4% no preço, informou o IBGE.
A Região Sul concentrou 40,7% da captação de leite cru, seguida pelas regiões Sudeste (35,9%), Centro-Oeste (10,5%), Nordeste (9,4%) e Norte (3,5%).
O acréscimo de 559,06 milhões de litros de leite captados em nível nacional no segundo trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2024 foi decorrente de aumentos registrados em 20 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite, com destaque para os acréscimos registrados no Rio Grande do Sul (+122,06 milhões de litros), Paraná (+120,04 milhões de litros) e Minas Gerais (+74,15 milhões de litros). As reduções mais significativas ocorreram no Espírito Santo (-3,98 milhões de litros), Alagoas (-2,64 milhões de litros) e Mato Grosso (-2,51 milhões de litros).
Minas Gerais manteve a liderança no ranking de aquisição de leite, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (15,7%) e Santa Catarina (12,7%)
Aquisição de couro
A aquisição de couro cru no País somou 10,75 milhões de peças inteiras de couro cru bovino no segundo trimestre de 2025, segundo o IBGE.
O resultado representa uma alta de 4,6% em relação ao segundo trimestre de 2024. Na comparação com o primeiro trimestre de 2025, houve redução de 0,1%.
A pesquisa do IBGE investiga apenas os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.
Houve uma aquisição de 468,12 mil peças no segundo trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2024. O resultado é decorrente de aumentos em 12 das 17 Unidades da Federação que possuíam curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa, com destaque para os desempenhos de Goiás (+211,64 mil peças), Rio Grande do Sul (+183,51 mil peças) e Pará (+44,07 mil peças). As principais quedas ocorreram no Paraná (- 108,02 mil peças) e no Mato Grosso (-64,23 mil peças).
Goiás manteve a liderança na aquisição de peças de couro cru de bovino para processamento, com 18,9% da participação nacional, seguido por Mato Grosso (15,0%) e Mato Grosso do Sul (11,5%).