IBPecan projeta um ano de 2026 com safra maior de noz-pecã

A entidade fecha o ano de 2025 com avanços em pesquisa, retomada produtiva e fortalecimento institucional.

O Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) encerra 2025 com resultados positivos, apesar dos reflexos ainda presentes das enchentes de 2024. A entidade aponta recuperação gradual da produção, evolução das pesquisas nacionais, ampliação do diálogo com produtores e consolidação de parcerias estratégicas para o desenvolvimento da cultura da nogueira-pecã no Brasil.

Segundo o presidente do instituto, Claiton Wallauer, 2025 marcou um passo importante no processo de normalização após eventos climáticos. “Tivemos um ano de recuperação. Colhemos mais do que em 2024 e registramos um crescimento, ainda que abaixo do esperado, mas dentro da realidade após as enchentes. Os preços ao produtor se mantiveram em patamares elevados frente ao produto internacional, o que foi positivo. O único ponto desfavorável foi o volume um pouco menor do que estimávamos”, afirma. Wallauer reforça que o ano também foi marcado por maior aproximação com os associados.

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O IBPecan promoveu encontros técnicos na Expointer, no Enapecan e em outras agendas, com o objetivo de aproximar academia, produtores, setor de implementos, agroquímicos, assistência técnica e demais elos da cadeia. E, entre as ações de destaque, o presidente da entidade cita a parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), coordenada pelo Pró-Pecã, em conjunto com a Emater. “A iniciativa permitiu a realização de pesquisa de campo para mapear a situação da pecanicultura no estado, fortalecendo o acesso a informações atualizadas sobre produção, manejo e desafios da atividade”, ressalta.

No 2025 do IBPecan também foi celebrado o avanço dos programas de pesquisa vinculados ao Pecã 2030, às Unidades de Referência em Pecanicultura e aos estudos conduzidos com a Embrapa. Segundo o instituto, as tecnologias mais atuais utilizadas em países líderes na cadeia estão sendo testadas e adaptadas à realidade brasileira. O ritmo de desenvolvimento tem estimulado a implantação de novos pomares, reforçando a expectativa de alcançar, até 2030, a meta projetada de quase 15 mil hectares cultivados.

Para o próximo ano, o IBPecan projeta uma safra significativamente maior. A expectativa é de que o conjunto dos pomares em formação e das áreas já produtivas alcance maior maturidade em 2026. “Se o clima colaborar, devemos ter uma colheita superior à de 2025. Nosso ideal é alcançar entre 6,5 mil e 7 mil toneladas, volume que permitirá atender o mercado interno e garantir oferta consistente para o mercado externo”, avalia o presidente.

A entidade também trabalha para ampliar a articulação entre os diferentes elos da cadeia da pecan, reforçando a integração entre produtores, indústria, pesquisa, assistência técnica e mercado. O objetivo é criar um ambiente de crescimento conjunto e rentabilidade equilibrada.

Outro ponto que deve ganhar força em 2026 é a integração internacional. Em 2025, o IBPecan participou de dois encontros técnicos na Argentina e recebeu representantes argentinos e uruguaios no Enapecan. A aproximação entre os três países deve ampliar a troca de informações, resultados de pesquisa e estratégias de manejo, fortalecendo a pecanicultura sul-americana com foco em qualidade, competitividade e exportação. “Há muito a ser feito, mas o setor está alinhado, com pesquisa avançando, novos pomares entrando em produção e uma cooperação internacional crescente. Entramos em 2026 mais preparados e confiantes”, conclui o presidente.

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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