Importação de milho atrasada por mobilização de servidores federais

A estimativa com perdas decorrentes do excesso de morosidade para liberação do fluxo de transporte entre os países está em aproximadamente R$ 80 milhões

A Asgav/Sipargs – Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul – afirma que a fiscalização federal nos postos de fronteira está atrasando a importação de milho do Paraguai e Argentina para o Brasil. De acordo com a entidade, o problema está causando prejuízos para as agroindústrias do setor de proteína animal, que precisam do cereal importado para suprir o abastecimento de ração animal.

Centenas de caminhões estão represados em fila de espera, atraso gerado pela operação padrão dos servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Receita Federal. A estimativa com perdas decorrentes do excesso de morosidade para liberação do fluxo de transporte entre os países está em aproximadamente R$ 80 milhões por ano.

A Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs) diz que alertou autoridades estaduais e federais sobre a situação. E, através de um ofício, pediu uma solução para o problema. Segundo a entidade, os prejuízos são ainda mais evidentes para os estados da região Sul, duramente afetados por estiagem, que têm como alternativa a importação de milho em países como Paraguai e Argentina.

O presidente executivo da Organização Avícola do RS (Asgav/Sipargs), José Eduardo dos Santos afirma: “estamos em um momento complicado porque as operações de importação, apesar de pontuais, servem para alimentar os plantéis de aves e suínos do Sul do Brasil, viabilizar a produção de alimentos e geração de atividades e divisas. Estamos pagando uma conta que não geramos e que fragmenta nossos planos de desenvolvimento e produção de alimentos para milhões de pessoas”.

Santos reitera que não se pode admitir o caos logístico nessas regiões em um país que precisa reagir frente a um conjunto de intempéries resultantes da pandemia, estiagens e, mais recentemente, da crise Rússia e Ucrânia. “Uma solução para os problemas que estão acontecendo deve ser trabalhada com urgência e prioridade máxima”, cobra.

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