Inverno está chegando, mas com ele a grande preocupação

Nem tudo é frio no inverno do Brasil. A estação, que começa no dia 20 de junho, também tem muito sol e calor em muitas áreas do país. Climatempo mostra as diferenças climáticas do inverno em cada região do país.

Com o início oficial do inverno no dia 20 de junho, às 23h42, os produtores rurais devem estar atentos às mudanças de temperatura, chuvas irregulares e baixa umidade do ar que marcam a estação no Brasil. A seguir, veja como o clima se comportará em cada região e quais os principais reflexos no agronegócio, segundo dados divulgados pelo Climatempo. Prepare-se: o clima que se instala nas próximas semanas pode acelerar queimadas, atrasar colheitas e impactar diretamente a produtividade no campo.

Nova estação chega trazendo contrastes intensos entre frio extremo no Sul, estiagem prolongada no Centro-Oeste e chuvas volumosas no litoral nordestino. As condições climáticas típicas do inverno brasileiro – como baixa umidade do ar, geadas localizadas e ondas de calor – exigem planejamento estratégico.

Centro-Oeste em alerta: geadas pontuais e tempo extremamente seco

No Centro-Oeste, o predomínio será de tempo seco, com semanas consecutivas sem chuvas em boa parte da região. Essa condição agrava o risco de incêndios florestais e prejuízos à pastagem.

  • Geadas podem ocorrer no sul de Mato Grosso do Sul com a entrada de massas de ar polar.
  • As tardes tendem a ser quentes, com temperaturas entre 33°C e 36°C.
  • Umidade relativa do ar poderá cair para menos de 20%, exigindo atenção redobrada no manejo de animais e irrigação.

🔎 Impacto direto: queda de produtividade de culturas sensíveis à seca e aumento dos custos com irrigação e prevenção de queimadas.

Nordeste sob estiagem… e sob risco de enchentes

O Nordeste apresenta duas realidades climáticas distintas no inverno:

  • No interior, o clima será marcado por estiagem prolongada, com muito sol e baixa umidade, afetando culturas como feijão, milho e forragem para animais.
  • Já na faixa leste, do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia, o cenário é o oposto: chuvas intensas, com risco de alagamentos, deslizamentos e excesso de umidade no solo.

🔎 Impacto direto: dificuldades na logística rural, perdas em lavouras por excesso de água e aumento no custo com drenagem.

Sudeste: frio nas madrugadas e céu azul durante o dia

  • O sul de Minas Gerais e São Paulo devem se preparar para geadas localizadas com a entrada de massas de ar frio.
  • A baixa umidade e ausência de chuva intensificam a poluição atmosférica e agravam o estresse hídrico nas lavouras.
  • Apesar do frio matinal, as tardes seguem quentes, especialmente no norte de Minas Gerais.

🔎 Impacto direto: interrupções na colheita do café e atraso no desenvolvimento de pastagens e culturas de segunda safra.

Sul: o inverno típico, com frio, geadas e até neve

  • A região Sul viverá o cenário mais clássico de inverno, com frio intenso, geadas frequentes e possibilidade de neve nas áreas serranas.
  • Também são esperadas ventanias e ciclones extratropicais, com risco de transtornos na costa e nas lavouras.

🔎 Impacto direto: necessidade de proteção de cultivos e animais contra o frio extremo e possíveis perdas em fruticultura e hortaliças.

Norte: entre friagem e excesso de chuva

  • Estados como Acre, Rondônia e sul do Amazonas devem registrar o fenômeno da friagem, causado por incursões de ar polar.
  • Em contrapartida, Roraima e o extremo norte do Amazonas terão um inverno com muita chuva, resultando em enchentes e elevação dos rios.

🔎 Impacto direto: paralisações no transporte fluvial e riscos sanitários nas propriedades ribeirinhas.

Inverno de 2025: estação neutra, mas com grandes contrastes

Sem a atuação de El Niño ou La Niña, o inverno de 2025 tende a seguir padrões climáticos médios. A ausência de chuvas em boa parte do país reforça a necessidade de manejo hídrico eficiente. Os contrastes entre extremos de seca e excesso de chuva exigirão atenção redobrada de produtores, especialmente na transição entre as safras.


Dica final ao produtor: aproveite os primeiros sinais da estação para revisar sistemas de irrigação, reforçar contenção de queimadas e ajustar o manejo conforme o microclima da sua região. O inverno brasileiro é tudo, menos previsível.

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