Expansão histórica leva genética brasileira ao coração da indústria americana, consolida a presença da JBJ Ranch no Texas e celebra a consagração de Stop Little Sister como produtora milionária no NRHA Futurity
A presença brasileira no berço do Quarto de Milha acaba de ganhar um novo capítulo — e um dos mais simbólicos dos últimos anos. A JBJ Ranch, braço equestre da JBJ Agropecuária, formalizou sua entrada nos Estados Unidos, instalando sua operação em Pilot Point, Texas, região considerada o epicentro mundial do melhoramento genético, da cultura e da competitividade da raça.
A chegada ao território americano não é apenas um movimento empresarial: representa a realização de um sonho antigo da família Batista e a consolidação de uma estratégia de longo prazo que une paixão, profissionalismo e visão global. E o impacto foi imediato. Poucos meses após fincar bandeira no Texas, a JBJ celebrou um dos títulos mais prestigiosos do universo das rédeas: a consagração de Stop Little Sister como produtora milionária no NRHA Futurity 2025, reforçando a credibilidade e a força do investimento e criação brasileira em solo americano.
O sonho que cruzou fronteiras
A expansão para os Estados Unidos nasceu muito antes de se tornar realidade. Em sua primeira viagem à América, Fabrício Batista, proprietário do JBJ Ranch, já carregava o desejo que guiaria os passos da empresa no futuro. “Primeira viagem que eu vim à América, eu tinha um grande sonho de ter uma propriedade nos Estados Unidos, de ter uma produção aqui”, relembra Fabrício.
Esse sonho encontrou eco no pai, José Batista Júnior, o Júnior Friboi, um dos maiores nomes da pecuária sul-americana.
“Porque você estar nos Estados Unidos… é estar no mundo. Você está para o mundo.”

A frase sintetiza a visão estratégica: para atuar no mais alto nível do Quarto de Milha, é preciso estar onde a raça nasceu, onde sua história se desenvolveu e onde as grandes decisões genéticas acontecem.
Por que os EUA? Porque é onde tudo começou
O Quarto de Milha é uma raça genuinamente americana, e a JBJ Ranch assumiu o compromisso de buscar na fonte o melhor que há. “O Quarto de Milha veio dos Estados Unidos. É lá que está a nossa origem…”, ressalta Fabrício.

A presidente da ABQM, Mônica Ribeiro, reforça a lógica dessa expansão: “…não podia ser diferente irmos lá buscar o que há de melhor.”
Em Pilot Point, a JBJ montou um espaço que simboliza a presença brasileira na vitrine mundial do cavalo — um estande estruturado dentro do NRHA Futurity, onde receberam criadores, treinadores e apaixonados pela raça de diversos países.
Gênese de um projeto global: genética de excelência e evolução acelerada
A internacionalização do JBJ Ranch, contudo, não se limita à presença física. Ela simboliza um salto genético que já é percebido por especialistas. Um dos consultores envolvidos no projeto destacou: “O que aconteceu pra nós geneticamente foi uma evolução de 30 anos em 2 anos.”

Esse avanço veio acompanhado da importação das melhores linhas maternas e paternas disponíveis no mercado americano — movimento que chamou a atenção de profissionais como Casey Deary, multicampeão mundial e referência na Rédeas. Ao comentar o garanhão Maverick, que integra a estrutura genética da JBJ, Deary afirmou: “Maverick com certeza vai transformar o esporte para melhor… Acho que o Sr. Arcese estava certo quando disse que ele poderia mudar a indústria.”
A visão se alinha ao crescimento exponencial da modalidade, reforçado pelo treinador Gabe Hutchins:
“A indústria de Rédeas está se expandindo de forma impressionante. Dez anos atrás, eu diria que isso seria impossível.”

A consagração de Stop Little Sister no maior palco do mundo
No NRHA Futurity 2025, a JBJ Ranch não apenas inaugurou sua presença internacional — ela conquistou autoridade. A égua Stop Little Sister, uma das matrizes mais valiosas do plantel, ultrapassou a marca de 1 milhão de dólares em produção, entrando para a elite mundial.
“A Stop Little Sister é uma égua que produziu mais de 1 milhão de dólares… e ainda colocou dois filhos na final deste ano”, celebrou Fabrício Batista, ao receber a premiação. Ele destacou ainda a possibilidade real de ampliar esses números:
“A gente tem a oportunidade de terminar essa noite com quase 1,5 milhão de dólares em produção, se um dos filhos dela ganhar o evento.”

Gustavo, apresentador presente na cobertura, lembrou: “É uma das pouquíssimas éguas produtoras de mais de 1 milhão de dólares que ainda estão vivas.”
O reconhecimento reforça o peso da JBJ Ranch no cenário global — e marca um momento histórico para a criação brasileira.
Um espaço brasileiro no maior evento de rédeas do planeta
No Futurity, a JBJ montou um estande que se tornou ponto de encontro da comunidade quartista internacional. Mais de 500 brasileiros visitaram o local. “Montamos um espaço super bonito, organizado, para receber toda a comunidade quartista do Brasil, dos Estados Unidos e de outros países”, explica Fabrício.
E o movimento não para. A JBJ Ranch anunciou seu Open House para 8 de dezembro em Pilot Point, reforçando o intercâmbio entre criadores e a exposição dos novos garanhões e matrizes.
“Quero aproveitar e convidar a todos para esse grande evento, que terá pessoas de vários países participando.”
JBJ Ranch: do Brasil para o mundo, com raízes e ambição global
A chegada ao Texas não é uma fuga — é uma expansão. A JBJ segue firme no Brasil, mas agora se conecta diretamente ao eixo que rege a evolução do Quarto de Milha no mundo.
É um passo ousado, simbólico e estratégico.
“A gente faz do negócio uma grande paixão.” — Fabrício Batista
Paixão, aliás, define o JBJ Ranch. Mas o que move o projeto é mais que emoção: é competência, visão de futuro e a crença de que o Brasil tem lugar — e cada vez mais protagonismo — entre os maiores criadores do planeta.
A bandeira que hoje tremula no Texas carrega uma história que está apenas começando.
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