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JBS amarga prejuízo bilionário no primeiro trimestre de 2023

É a primeira vez que enfrentamos adversidade em quase todos os países que atuamos; CEO da JBS diz que resultado é “fora da curva”

Os resultados do primeiro trimestre de 2023 (1T23) da JBS, conhecida por ter resiliência em parte por conta da forte diversificação, não animaram o mercado, com os analistas considerando que a companhia passou por uma “tempestade perfeita” no período, o que levou a suas ações a caírem mais de 10% no início da sessão desta sexta-feira (12).

O frigorífico, no consolidado, trouxe uma receita líquida de R$ 86,7 bilhões, um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), de R$ 2,2 bilhões e um prejuízo de R$ 1,5 bilhão.

Gilberto Tomazoni, CEO Global da companhia, em entrevista ao site InfoMoney, considerou o resultado do 1T23 “fora da curva”. Mas, na teleconferência de resultados do período. a empresa evitou cravar uma recuperação já no segundo trimestre.

E apontou: “Se olharmos os últimos 12 anos, período em que já contávamos com plataforma global diversificada, este é primeiro trimestre que nos deparamos com adversidade em quase todos os países que atuamos”, disse.

Nós esperamos melhora em todos os negócios. Agora, o negócio que esperamos maior diferencial do que foi é o da Seara. Nós não damos guidance, só direção. A Austrália a gente espera uma melhora importante. No beef no Brasil também. E esperamos no negócio da Pilgrim’s como uma melhora de resultado. É difícil dizer que tudo vai melhorar. É o que gente falou: foi um resultado fora da curva”, disse Tomazoni, sem indicar com mais precisão como vê o resultado do 2T23.

Segundo o CEO Global, no quarto trimestre do ano passado a JBS havia antecipado que nesse início de ano seria mais fraco para industrial global de proteínas. “Enfrentamos alta de custos e insumos, inflação persistente e equilíbrio entre oferta e demanda”, comentou, sobre o 1T23.

Seara teve problema ainda no campo

Ele citou que dois negócios da empresa foram mais impactados. “Nos Estados Unidos, enfrentamos o preço elevado de carne e achatamento da margem. Além disso, a performance comercial e industrial ficou abaixo das nossas expectativas” disse. “Na Seara, enfrentamos desafios de queda no preço nas exportações, de alto custo de grãos e baixa produtividade na agropecuária”, complementou.

Tomazoni disse que a questão agropecuária chegou a impactar 3% da margem da Seara. “As medidas para reverter a produtividade do campo e os custos do grão já se mostram muito mais favoráveis”, reforçou.

Ainda sobre a Seara, os preços de aves no mercado internacional, com alta oferta global, achataram os preços, pontou.

“Nós tivemos dificuldades em levar a operação de uma maneira normal. Isso impactou tanto nossa eficiência de produção quanto o volume que nós produzimos. Isso é uma cadeia totalmente integrada. Quando a parte agropecuária não funciona exatamente como planejada, acaba criando uma oscilação na cadeia inteira. Mas isso já voltou à normalidade”, explicou, ressaltando que o problema se concentrou na área de aves.

Aposta da diversificação

No Brasil, a retomada das exportações para China e as novas exportações para mercados como Canadá, Filipinas e México, oferecem perspectiva promissoras para o mercado de carne bovina brasileira, tratou de dizer o executivo.

“Se olharmos os últimos 12 anos, período em que já contávamos com plataforma global diversificada, este é primeiro trimestre que nos deparamos com adversidade em quase todos os países que atuamos”, disse.

Gilberto Tomazoni, por fim, destacou que a diversificação de produtos e geográfica da companhia “faz a diferença em cenários desafiadores e são a nossa fortaleza”.

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