La Niña e clima imprevisível: Dr. Marco Paiva explica por que o produtor precisa se planejar para 2026!

Segundo o advogado e especialista Dr. Marco Paiva, anos marcados por instabilidade climática costumam expor fragilidades estruturais das propriedades, especialmente na gestão financeira e nos contratos de crédito rural.

As projeções climáticas para 2026 indicam um cenário de elevada instabilidade no Brasil, com impactos diretos sobre a agricultura e a pecuária. Modelos internacionais apontam que os efeitos do fenômeno La Niña podem se estender até o início do próximo ano, com posterior transição para neutralidade climática entre janeiro e março. Na prática, isso significa chuvas irregulares, veranicos prolongados, períodos de seca pontual e dificuldade de previsibilidade ao longo de todo o ciclo produtivo.

Para o advogado e especialista em direito no agronegócio, Dr. Marco Paiva, esse cenário não deve ser encarado apenas como um desafio climático, mas como um alerta estratégico para o produtor rural.

“O produtor brasileiro já convive com frustração de safra, aumento expressivo dos custos de produção, juros elevados e preços voláteis. Quando somamos tudo isso a um clima imprevisível, o risco deixa de ser apenas agronômico e passa a ser financeiro e patrimonial”, explica Paiva.

Segundo o especialista, anos marcados por instabilidade climática costumam expor fragilidades estruturais das propriedades, especialmente na gestão financeira e nos contratos de crédito rural. A La Niña, mesmo em versões consideradas fracas, afeta regiões de forma desigual, podendo provocar perdas relevantes no Centro-Oeste e no Sul do país, áreas estratégicas para a produção nacional.

“Quando o clima é incerto, não basta plantar bem. É preciso planejamento financeiro, controle de custos, gestão de riscos e segurança jurídica. Em 2026, essas decisões serão tão importantes quanto a escolha da semente ou o manejo da lavoura”, reforça Dr. Marco Paiva.

A possível transição para um período de neutralidade climática ao longo do ano, seguida pela chance de novos padrões como o El Niño, aumenta ainda mais o grau de incerteza. Esse ambiente exige do produtor uma postura menos reativa e mais estratégica, especialmente na condução de financiamentos, renegociações e contratos firmados em cenários que já não refletem a realidade atual.

De acordo com Paiva, produtores que não se anteciparem podem enfrentar dificuldades severas, sobretudo aqueles que mantêm estruturas financeiras pressionadas e dependentes de crédito caro.

“O produtor que entende o seu ambiente jurídico e financeiro não elimina o risco climático, mas ganha ferramentas para atravessar períodos difíceis sem descapitalizar e sem colocar a fazenda em risco. Informação e estratégia são, hoje, instrumentos de sobrevivência no campo”, conclui.

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