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Liberado comercialização do trigo transgênico no Brasil

A decisão, para a Abitrigo, é carregada de incertezas no âmbito dos desdobramentos perante o mercado e a comunidade internacional.

Notícia veio com grande surpresa e lamentação por parte das entidades e produtores de trigo no país. A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) lamentou a aprovação da utilização da farinha de trigo argentina produzida a partir de cereal geneticamente modificado no Brasil. A Comissão Nacional de Biossegurança aprovou nesta quinta-feira (11) a liberação de importação a partir de uma solicitação apresentada pela empresa argentina Bioceres, detentora da tecnologia.

Segundo a Abitrigo, em nota assinada pelo presidente executivo da entidade, Rubens Barbosa, “apesar da forte rejeição do mercado internacional nos últimos 20 anos, lamentavelmente o Brasil passará a ser conhecido como o primeiro país a aprovar a utilização de trigo transgênico no mundo”.

Nota Oficial: Liberação da comercialização da farinha de trigo transgênico no Brasil

A CTNBio aprovou, no dia de hoje (11/11), a utilização de farinha de trigo transgênico no Brasil, a partir de solicitação feita por empresa argentina. Apesar da forte rejeição do mercado internacional nos últimos 20 anos, lamentavelmente, o Brasil passará a ser conhecido como o primeiro país a aprovar a utilização de trigo transgênico no mundo.

Essa decisão, carregada de incertezas no âmbito dos desdobramentos perante o mercado e a comunidade internacional, foi tomada com base em critérios que incidem na segurança, sem maior estudo sobre condições de mercado e de comportamento do consumidor.

Não foram poucas as tentativas da Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo de sensibilizar o poder público sobre os riscos desta decisão, no sentido de que o processo de análise considerasse o desejo do consumidor brasileiro e as consequências sobre a cadeia do trigo no Brasil.

Não pode ser ignorado o eventual impacto sobre as exportações brasileiras de produtos derivados (massas, biscoitos e pães) e desmembramentos imprevisíveis sobre a imagem do Agronegócio.

Conforme prevê a legislação brasileira, a Abitrigo solicitará à Casa Civil da Presidência da República a convocação imediata do Comitê Nacional de Biossegurança, composto por vários Ministros, para que seja analisada, de forma mais abrangente, as implicações da presença de trigo transgênico da Argentina sobre o mercado brasileiro.

A Abitrigo analisará a tomada de medida cautelar para suspender a implementação da decisão da CTNBio até o pronunciamento do Comitê Nacional de Biossegurança.

Rubens Barbosa

Presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo

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