
Com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas anuais de celulose de eucalipto, a maior fábrica de celulose do mundo eleva a produção da Suzano para 13,5 milhões de toneladas por ano, um aumento de 20%.
Em um marco histórico para a indústria brasileira, foi inaugurada na quinta-feira (5) a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, construída pela Suzano. Localizada em Ribas do Rio Pardo, a 98 km de Campo Grande, a unidade recebeu investimentos de R$ 22,2 bilhões, representando o maior aporte privado da história recente do país. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do governador Eduardo Riedel (PSDB) e de diversas autoridades nacionais.
“Eu sempre digo que a gente só consegue colher aquilo que a gente planta. Se a gente semear bem, se a gente adubar bem, se a gente colocar água, a gente vê crescer uma floresta”, pontuou o presidente. Durante a cerimônia, Lula destacou que o trabalho árduo de milhares de “trabalhadores que plantam, semeiam, e produzem” dentro da Suzano é fruto do crescimento da empresa e da economia do país. “Outra sorte que eu tenho é que a massa salarial cresceu 11,9%. É o maior crescimento desde que a gente começou a medir”, frisou, durante o discurso.
“É esse país que vou entregar: com a economia crescendo, o povo consumindo, o mercado reclamando. E as empresas que investem na produção fazendo investimento concreto’, afirmou o presidente Lula.

Impacto econômico e social
Com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas anuais de celulose de eucalipto, a nova fábrica eleva a produção da Suzano para 13,5 milhões de toneladas por ano, um aumento de 20%. Durante o pico da construção, mais de 10 mil empregos diretos foram gerados, e agora, em operação, a unidade emprega cerca de 3 mil pessoas em funções industriais, florestais e logísticas.
“Esse empreendimento simboliza desenvolvimento sustentável aliado à geração de emprego e renda. Estamos transformando Mato Grosso do Sul no Vale da Celulose,” destacou o presidente Lula durante a inauguração.
Além dos empregos diretos, a fábrica impulsionou o comércio e serviços locais. Instituições como Senai e Senac capacitaram mais de 1,3 mil profissionais para operar na planta e em áreas correlatas. O governador Eduardo Riedel ressaltou a importância da Suzano para a economia estadual, destacando que o Mato Grosso do Sul já registra um dos maiores salários médios do país, de R$ 3,4 mil mensais, e possui uma das menores taxas de desemprego, 3,5%.

Sustentabilidade e tecnologia de ponta na maior fábrica de celulose do mundo
A fábrica é um exemplo de economia circular e autossuficiência energética. Utiliza biomassa proveniente do plantio de eucalipto para gerar energia, com um excedente de 180 megawatts (MW) médios, suficientes para abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes por um mês. O projeto contempla ainda uma estrutura para produção de ácido sulfúrico, peróxido e gás, eliminando a necessidade de insumos externos.
“Nosso modelo alia produtividade e sustentabilidade. Reutilizamos recursos, minimizamos o impacto ambiental e ainda contribuímos para a matriz energética do estado,” explicou Beto Abreu, presidente da Suzano.
A área total do projeto equivale a quase 900 mil campos de futebol, dos quais 143 mil hectares são dedicados à preservação ambiental. Esse compromisso com a sustentabilidade reforça a liderança do Brasil no mercado global de celulose.
“Quero saudar aqui esse grande investimento. Uma indústria que é a mais moderna, eficiente, exportadora, que é tudo que o Brasil precisa. Melhorar a balança comercial, gerar emprego, renda ambientalmente, reutiliza água, gera energia com biomassa, não utiliza mais combustível fóssil, é desenvolvimento sustentável”, sublinhou o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Infraestrutura e logística de escoamento
O sucesso do projeto só foi possível graças a um robusto plano de infraestrutura. A Suzano investiu em pavimentação de rodovias e na construção de um terminal logístico em Inocência. De lá, a celulose segue por trem até o Porto de Santos, em São Paulo, para exportação.
O governo estadual também planeja reativar a linha ferroviária de bitola larga, conectando as principais cidades produtoras do estado. “Essa logística competitiva é essencial para consolidarmos o Mato Grosso do Sul como o principal player global de celulose,” afirmou Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente.
Investimentos sociais
Além dos benefícios econômicos, a Suzano destinou R$ 300 milhões a projetos sociais e de infraestrutura, incluindo a construção de unidades habitacionais, escolas, centros de saúde e segurança pública. Entre as entregas estão a ampliação do Hospital Municipal de Ribas do Rio Pardo, que recebeu 30 novos leitos, incluindo 10 de UTI, e a implantação de uma unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF).

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, parabenizou a inauguração da fábrica e afirmou que a Suzano fez história. “Ao completar 100 anos e ao celebrar a inauguração de uma das maiores fábricas do mundo, as mais modernas, com certeza a Suzano está oportunizando cidadania e dignidade para as pessoas, que é a consequência de todo esse movimento”, disse.
“Não é apenas um investimento industrial; é um compromisso com o desenvolvimento humano e social,” reforçou o governador Eduardo Riedel.
Vale da Celulose: um futuro promissor
Com a nova planta, o Mato Grosso do Sul ultrapassa Minas Gerais em produção de eucalipto e se consolida como o maior exportador de celulose do Brasil. Atualmente, o estado responde por 23% da produção nacional, com 1,6 milhão de hectares de florestas plantadas, número que deve crescer significativamente nos próximos anos.
“Este é um exemplo de como podemos aliar desenvolvimento econômico, geração de empregos e sustentabilidade. Mato Grosso do Sul está no caminho certo para liderar globalmente,” concluiu Riedel.
A inauguração da fábrica da Suzano representa não apenas um avanço para o setor de papel e celulose, mas também um modelo de desenvolvimento sustentável que coloca o Mato Grosso do Sul em destaque no cenário mundial.
A empresa é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina, e líder no segmento de papel higiênico no Brasil, além de referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável.
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