Produção do maior queijo frescal do Brasil foi comemorado em Curvelândia, na tradicional Festa do Queijo e mobilizou quase 30 mil litros de leite, reforçando a identidade do setor leiteiro de Mato Grosso
O que antes era protesto, hoje é motivo de orgulho nacional. Durante a edição de 2025 da tradicional Festa do Queijo, a cidade de Curvelândia, no sudoeste de Mato Grosso, voltou a surpreender o país ao produzir o maior queijo frescal do Brasil. A expectativa, segundo o Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso (Sindilat-MT), era de que o produto chegaria a 2.800 quilos, superando o recorde anterior e se aproximando da marca simbólica das três toneladas. Entretanto, conforme anunciado pela organização, o queijo pesou mais de 3.000 kg, superando todos os outros recordes.
O feito é acompanhado oficialmente pelo RankBrasil, o livro dos recordes brasileiros, que há mais de 20 anos certifica marcas em diversas categorias e reconhece iniciativas que destacam a identidade produtiva nacional. O maior queijo do mundo, segundo levantamento do Compre Rural, havia sido registrado em Minas Gerais, produzido pelo Laticínio Dois Irmãos, que alcançou o peso de 2.870 kg e foi distribuído a população.
Maior queijo frescal do brasil tem quase dois metros e 30 mil litros de leite utilizados
A produção do queijo gigante em 2025 envolveu o uso de quase 30 mil litros de leite e exigiu uma estrutura logística ainda maior do que em anos anteriores. Para conseguir dar forma à imensa massa láctea, os organizadores utilizaram duas formas, unidas para moldar o que já é considerado o maior queijo minas frescal do país, com quase dois metros de altura.
O processo durou cerca de seis horas e envolveu mais de 20 colaboradores diretos, além de 30 voluntários, que também irão atuar na distribuição gratuita do queijo ao público. A previsão é que o grande corte ocorra na tarde deste domingo (08/06), durante o encerramento da festa.
Um símbolo do agro mato-grossense
A produção é coordenada pela indústria de laticínios Rovigo, com apoio da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e do Sindilat-MT. Para Antonio Bornelli, diretor da Fiemt e sócio-proprietário da Rovigo, mais do que um recorde, a ação representa a força coletiva do campo.
“Queremos mostrar a força do setor leiteiro de Mato Grosso. O queijo é o símbolo de um trabalho coletivo que envolve famílias, empresas e instituições”, afirma Bornelli.
Segundo ele, iniciativas como essa projetam nacionalmente o potencial do estado na produção de leite e derivados, fortalecem o turismo rural e promovem orgulho entre os produtores locais. O anúncio, feito por ele mesmo durante o evento, trouxe a informação de que o peso atingido chegou a 3.005 kg, transformando o produto no maior queijo frescal do Brasil, um novo recorde!
De protesto a evento símbolo da região
Criada em 2002 como manifestação por preços mais justos para o leite, a Festa do Queijo se consolidou como um dos maiores eventos gastronômicos do Centro-Oeste. A edição de 2025 acontece entre os dias 6 e 8 de junho, com atrações musicais, concursos de produtos artesanais, oficinas técnicas e atividades culturais.
O ponto alto é, sem dúvida, o corte do queijo gigante — mas o sábado também foi marcado pelo show do cantor Eduardo Costa, que levou milhares de pessoas ao evento e aqueceu a economia local.
O frescal: tradição no prato e na cultura brasileira
O queijo minas frescal é um dos tipos de queijo mais consumidos no Brasil, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Conhecido por sua textura leve, sabor suave e elevado valor nutricional, ele faz parte do cotidiano de milhões de brasileiros — seja no café da manhã, no lanche ou em receitas típicas.
A produção do maior queijo frescal do Brasil reforça não apenas a tradição regional, mas também o destaque do país na produção e consumo de derivados do leite, com grande participação de pequenos laticínios, cooperativas e agroindústrias locais.
Orgulho e oportunidades no interior do Brasil
O apoio da Fiemt e do Sindilat-MT tem sido essencial para ampliar o impacto da festa, garantir infraestrutura e valorizar toda a cadeia produtiva do leite. Com isso, Curvelândia se fortalece como referência nacional em inovação cultural no setor agroindustrial.
“O que estamos fazendo não é somente bater recordes. É construir orgulho e oportunidades para o interior de Mato Grosso”, finaliza Bornelli.
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