
Mais de 2 mil cabeças de gado e 100 ‘barracos’ foram retirados do Parque Estadual Guajará-Mirim; Além disso, 23 famílias que viviam no local saíram voluntariamente. Todas as construções ilegais foram destruídos pelos policiais e fiscais que participam da ação.
Em Rondônia, estado que tem se destacado no Brasil pelo avanço da sustentabilidade e recuo do desmatamento, foi desencadeada a Operação Mapinguari, que tem como objetivo preservar a biodiversidade no Parque Estadual de Guajará-Mirim, local que abriga uma riqueza de flora e fauna. Com início no domingo, 13, a operação já colhe com resultados positivos, com a saída de 50% dos invasores da região, além da retirada voluntária de centenas de gados, que ocupavam áreas que antes eram florestas.
Mais de 2 mil cabeças de gado estavam sendo criadas dentro do Parque Estadual Guajará-Mirim e sua zona de amortecimento, conhecida como “Bico do Parque”. Os animais e cerca de 100 barracos construídos ilegalmente foram retirados do local durante a Operação Mapinguari, conduzida pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO). Além disso, 23 famílias que viviam no local saíram voluntariamente e retiraram a maior parte das cabeças de gado da unidade de conservação antes da chegada das equipes de segurança.
De acordo com os investigadores, a maioria dos barracos não funcionavam como moradia. Uma organização criminosa é suspeita de grilagem e venda de lotes da área que é pública e de proteção ambiental. Todas as construções ilegais foram destruídos pelos policiais e fiscais que participam da ação.
Conforme o levantamento, foi constatado grandes locais de desmatamento, criações de bovinos com mais de 2 mil cabeças de gado e várias moradias. O comandante geral da Polícia Militar do Estado, coronel PM Regis Wellington Braguin, destacou o compromisso do Governo em cumprir o que está estabelecido pela lei. “Dentro da Unidade de Conservação nós iremos cumprir a lei. Existe uma ordem judicial e a Polícia Militar é aquela que apoia a execução realizada pelos oficiais de justiça ostensivamente”, explicou.

Desocupação foi feita de forma pacífica
O comandante da Operação, tenente-coronel PM Adenilson Silva disse que, a Polícia Militar, Polícia Civil, Batalhão de Polícia Ambiental – BPA, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental – Sedam, Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril – Idaron, Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social – Seas, Departamento de Estradas de Rodagens – DER, Corpo de Bombeiros Militar e demais órgãos como Ministério Público, Poder Judiciário, dentre outros, estão apoiando a execução da ordem judicial e que a transcorre de forma pacífica e ordeira.
As ações sociais iniciaram-se para o acolhimento de invasores em situação de vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que há o cumprimento da decisão judicial. As equipes de policiais militares estão divididas no terreno em bases, das quais todas são compostas por representantes dos órgãos públicos participantes, objetivando uma ação rápida, eficaz e em respeito à dignidade do ser humano.
A operação realiza um trabalho de acolhimento dos invasores com a distribuição de alimentação, doação de brinquedos, roupas e calçados, além do direcionamento ao atendimento social junto à Secretaria da Assistência e do Desenvolvimento Social – Seas, vinculada ao Governo do Estado, e prefeituras de Nova Mamoré e Guajará-Mirim.

Proteção da floresta
Com previsão de aproximadamente 20 dias, a 2ª fase da Operação Mapinguari continuará até o começo de setembro. A expectativa é que a ordem judicial seja cumprida em toda a região em litígio. A partir de então, será iniciada a 3ª fase, buscando a regeneração e a preservação da biodiversidade no Parque, com a presença marcante das forças de segurança pública e órgãos de fiscalização ambiental na região.
A Operação foi nomeada “Mapinguari”, pois é o símbolo protetor das florestas. Uma criatura de apenas um olho, o qual simboliza o controle de um Estado uníssono, sendo vários órgãos estatais mobilizados para o alcance de um único objetivo: de preservação da fauna e flora.
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