
Nesta 47ª edição, Leismann vai levar três: uma fêmea para julgamento morfológico, um macho castrado para prova de andamento e um macho não castrado para demais provas da raça Mangalarga, o cavalo de sela brasileiro
Quando os dias começam a ficar mais quentes, os cavalos da raça Mangalarga do Sítio da Lagoa Branca, localizado em Águas Claras, Viamão, nadam nas águas da lagoa. Ou “fazem hidroginástica”, como diz o criador Laércio Leismann. Essa atividade é uma das que fazem parte da preparação dos animais que participam da Expointer 2024. Nesta 47ª edição, Leismann vai levar três: uma fêmea para julgamento morfológico, um macho castrado para prova de andamento e um macho não castrado para demais provas da raça.
Leismann conta que o Mangalarga é conhecido como o “Cavalo de Sela Brasileiro”. Ele começou a criação em 1998 e hoje possui 15 exemplares. Os que vão para a 47ª Expointer, de sufixo da Lagoa Branca, são o Imperador (um alazão marrom de 16 anos), a Konora do Anélio (também alazã marrom, de 4 anos) e o Procurador (um rosilho de 8 anos). A Konora é a mais alta da turma, tem 1,55 metros de altura (da cernelha ao chão). Eles pesam, cada um, cerca de 500 quilos.
“O Procurador vai para prova de andamento. A Konora participa do julgamento morfológico, que engloba aprumos, passo, morfologia e andamento dinâmico (montada). E o Imperador fará provas de seis balizas, três tambores, cinco tambores e de maneabilidade (prova completa: baliza, tambor, giro, salto, recuo e abrir, ultrapassar e fechar porteira), além da prova Cavalo contra moto, da qual participam quatro motoqueiros profissionais. É feita em seis balizas e em duas pistas, contra o cronômetro (fotocélula)”, explica o criador.
A preparação dos animais para a feira começa ao final da Expointer anterior. Segundo Leismann , nos 37,5 hectares do Sítio, os animais vivem soltos a campo a maior parte do tempo. “Exploramos sua rusticidade durante os seis primeiros meses. Na sequência, eles vão para a cocheira, onde começa o trabalho visando ao julgamento morfológico, ou às provas. Também é utilizada a Lagoa, onde eles fazem hidroginástica para desenvolver a musculatura, o porte e a preparação física. Além das caminhadas e marchas. O Mangalarga é um cavalo marchador”, define o produtor. “E seis meses antes da feira, eles ficam mais nas cocheiras”, acrescenta.
De acordo com Leismann, a alimentação nos seis primeiros meses é rústica, no campo: aveia branca, tifton e azevém. Depois, os animais comem ração especial. “Pela manhã, pasto a campo em piquetes próximos às cocheiras, à tarde uma ração especial”, explica. “E eles saem da cocheira para o passeio diário. Fazem parte da preparação também o banho, a tosa, o cuidado com os cascos e com o pelo. No inverno todos usam manta protetora e ficam nas cocheiras”.
O funcionário do sítio há mais de 20 anos, Alberi Bilharva, conhecido como Birica, é quem cuida dos animais. “Ele tem curso de casqueamento, apresentação em pista e de doma, entre outros, e conduz os animais para julgamentos”, comenta Leismann.
Conforme ele, o animal tem que ser dócil e obediente aos comandos para participar dos julgamentos e das provas. A crina deve ser desembaraçada e livre e é preciso cuidados com o casco e a pelagem. “O pelo é escovado todos os dias, e o rabo é desembaraçado e trançado. Às vezes fazemos tranças nas crinas também. Este ano, no rabo, vamos trançar e deixar só a ponteira solta”, adianta Leismann. “E antes das apresentações na Expointer, pulverizamos nos animais citronela diluída, para evitar que insetos atrapalhem a apresentação”.
O criador participa da Expointer desde 2001 e já ganhou alguns prêmios, como de melhor andamento, potra jovem, égua sênior – que foi grande campeã, a Haragana da Lagoa Branca -, entre outros.
Mapa lança atestado digital e reforça compromisso do Brasil com transparência e inovação no agro
A iniciativa amplia a projeção do Brasil como referência internacional em governança, transparência e sustentabilidade na produção de alimentos.
Setor de carne bovina do Brasil realoca embarques e crescerá até 14% apesar de tarifas, diz Abiec
No ano passado, o Brasil vendeu 2,89 milhões de toneladas de carne bovina para cerca de 150 países, totalizando US$12,9 bilhões.
Colheita do milho safrinha e da soja para sementes surpreende no Tocantins
Segundo a Conab, a colheita do milho segunda safra alcançou 2,25 milhões de toneladas no Tocantins, novo recorde estadual.
Continue Reading Colheita do milho safrinha e da soja para sementes surpreende no Tocantins
Abates de bovinos no Brasil vão crescer em 2025 antes de queda em 2026, prevê Datagro
Entre 2023 e 2024, os abates de bovinos no Brasil aumentaram 16,4% para cerca de 39,7 milhões de cabeças, segundo números da Datagro.
Comissão na Câmara aprova projeto que proíbe “venda casada” no crédito rural
Proposta reforça proteção jurídica ao produtor, reduz custos de financiamento, garante mais transparência e pune práticas abusivas de bancos.
Continue Reading Comissão na Câmara aprova projeto que proíbe “venda casada” no crédito rural
Representando o Governo Federal, ministro Fávaro entrega moradias do Minha Casa, Minha Vida em Nova Mutum (MT)
Por meio dessa modalidade, as 256 famílias irão custear suas novas moradias próprias com condições facilitadas de pagamento e taxas abaixo das praticadas no mercado.