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Mercado agrícola, segundo boletim semanal do CEPEA

Mandioca segue abaixo das expectativas, preços do tomate e batata apontam quedas; Já o preço do milho e da soja seguem com viés de alta

Os preços da soja subiram no Brasil na semana passada, impulsionados sobretudo pelo maior interesse de compradores. Segundo pesquisadores do Cepea, esses agentes aproveitaram o elevado patamar do dólar – que voltou a operar acima de R$ 5 – para realizar negócios de curto prazo para o mercado interno e completar navios. Vendedores, que também estiveram mais ativos no período, buscaram “fazer caixa” para pagamento de custeio. Inclusive, os valores da soja em grão no Brasil se descolaram dos observados no mercado externo, que caíram, pressionados pelo bom ritmo da semeadura e pela demanda enfraquecida.

Quanto aos derivados, a demanda de avicultores e suinocultores por farelo de soja esteve mais aquecida, cenário que elevou os preços do produto no Brasil. Já no caso do óleo, os valores caíram, pressionados pela menor demanda para a produção de biodiesel no Brasil. 

Colheita do milho da segunda safra se inicia, mas preço segue firme

Mesmo diante do início da colheita da segunda safra em importantes regiões produtoras, como Mato Grosso e Paraná, os preços do milho apresentaram leves altas na semana passada na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores, a sustentação veio da postura firme de vendedores, que estiveram atentos à maior paridade de exportação. Já demandantes preferiram aguardar melhores oportunidades com o avanço da colheita, cenário que limitou a liquidez. Nos portos, as cotações também avançaram, influenciadas pelas valorizações do dólar e externa. 

Com a intensificação da safra das secas, preço da batata cai

Entre os dias 13 e 17/06, as cotações médias da batata tipo ágata especial/saca de 25 kg ficaram em R$ 75,00 (-16,93%) no atacado de São Paulo (SP), em R$ 75,00 (-6,69%) no do Rio de Janeiro (RJ) e em R$ 71,36 (-17,65%) no de Belo Horizonte (MG). A desvalorização nos atacados acompanhados pelo Hortifruti/Cepea se deu em função do aumento da oferta, uma vez que a baixa pluviosidade permitiu um bom ritmo de colheita em todas as regiões produtoras. Além disso, a intensificação das colheitas da temporada das secas também contribui para a maior quantidade de tubérculos no mercado. Para reforçar o cenário de queda, atacadistas relataram que a demanda foi menor na última semana, devido ao feriado de Corpus Christi.

Intensificação da colheita de inverno do tomate resulta em queda dos preços

Entre os dias 13 e 17/06, os valores médios do tomate salada longa vida 3A ficaram em R$ 56,38 (-26,44%) na Ceagesp, em R$ 70,00 (-12,50%) em Campinas/SP, em R$ 73,00 (-27,74%) no Rio de Janeiro/RJ e em R$ 49,37 (-30,98%) em Belo Horizonte/MG. Por mais uma semana, os preços do tomate apresentaram queda em todos os atacados acompanhados pelo Hortifruti/Cepea. Desta vez, a desvalorização está atribuída à maior oferta, em decorrência da colheita dos frutos que estavam sendo “acumulados” nas lavouras devido às baixas temperaturas nas últimas semanas. Além disso, o mês de junho é marcado pela intensificação das colheitas da safra de inverno em algumas praças como Sumaré (SP) e Paty do Alferes (RJ), Norte do PR, entre outras, o que também contribui para a maior quantidade de tomates no mercado.

Atacadistas relataram que a dificuldade de comercialização foi ainda mais agravada com o feriado de Corpus Christi (16), impedindo que a maior oferta fosse absorvida pelo mercado e gerando sobras ao longo da semana nas Ceasas.

Preço da mandioca segue abaixo das expectativas

A moagem de raiz de mandioca tem ficado abaixo do esperado pelos agentes da indústria de fécula neste período de safra, resultado da menor área plantada em anos anteriores. Segundo pesquisadores do Cepea, a disponibilidade de lavouras de segundo ciclo está baixa e o interesse pela colheita de lavouras de um ciclo, reduzido. Além disso, muitos agricultores já estão priorizando os trabalhos de plantio da safra 2021/22. Já do lado da demanda, a procura por parte da indústria de fécula continua fortalecida, o que tem levado empresas a intensificarem a disputa pela matéria-prima. Quanto aos preços, entre 13 e 17 de junho, a média da mandioca posta fecularia foi de R$ 838,64/tonelada, com leve recuo de 0,2% frente à da semana anterior, mas expressivos 70,7% acima da verificada há um ano, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI). 

Fonte: Cepea

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