
Mesmo com a retração, a procura pela reposição está ativa e tem sustentado as cotações, com exceção de casos pontuais.
O anúncio em 9 de julho, sobre a imposição da tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, teve efeito imediato no setor agropecuário, especialmente no mercado do boi gordo. Com o anúncio, parte dos frigoríficos suspenderam as compras, e parte diminuiu o volume negociado.
Em Goiás, apesar do efeito imediato sobre o mercado do boi gordo, o de reposição foi menos afetado, pois visam objetivos de médio e longo prazo.
Figura 1.
Cotação média do boi gordo, em R$/@, brutos e com prazo, nas regiões de Goiânia e na do Sul, em Goiás.

Mesmo com a retração, a procura pela reposição está ativa e tem sustentado as cotações, com exceção de casos pontuais. Esse movimento está sendo favorecido por um cenário atrativo para o comprador. Um exemplo é a diminuição do ágio, que caiu de 44% em junho para 36% em julho, até o momento (18/7).
Na comparação feita semana a semana, a cotação dos machos destinados à reposição subiu. A cotação do boi magro (12,2@) subiu 2,6%, a do garrote (10@) 2,2%, a do bezerro de ano (8@) 4,3%, e a do bezerro de desmama (6,5@) 2,0% (figura 2).
Entre as fêmeas, a cotação das categorias mais leves caiu. A cotação da bezerra de ano (7@) caiu 7,2% e a da desmama (6@) caiu 3,9%. Para as categorias mais eradas a cotação subiu. A cotação da vaca magra (11@) subiu 3,3% e a da novilha (9@) subiu 0,4% (figura 3).
Figura 2.
Preços médios dos machos anelorados em R$/cabeça, em Goiás.
Figura 3.
Preços médios das fêmeas aneloradas em R$/cabeça, em Goiás.

No curto prazo, o mercado tende a permanecer comprador enquanto as margens se mantiverem favoráveis. No entanto, deve-se ficar atento aos desdobramentos envolvendo a nova tarifa norte-americana.
Fonte: Scot Consultoria
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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