Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?

Minas tem primeira fazenda de energia solar por assinatura

Uma fazenda sem produção agrícola, mas que produz energia solar em João Pinheiro, região Noroeste do Estado, é a proposta da Empresa Brasileira de Energia Solar (Ebes). “Há projetos similares no país. Só que o nosso diferencial é a comercialização de cotas, como se fosse uma assinatura, para o consumidor comercial”, diz o diretor de novos negócios da empresa, Rodolfo Molinari.

Ele explica que é como se o consumidor comercial alugasse uma parte da usina. A energia é conduzida normalmente pela distribuidora, que no caso é a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), e entregue aos contratantes do modelo. “Portanto, poderemos atender onde a Cemig opera a rede. A conta de energia vai chegar normalmente, só que vai ser abatida a cota contratada, da mesma forma como acontece com quem tem uma usina de geração de energia solar em casa atualmente”, diz.

Fazenda Energia Solar
Foto: Divulgação

Há dois planos, o básico, com monitoramento online de geração e consumo de energia, sem carência e fidelidade. E o plus, que além do que é oferecido no plano básico, tem desconto de 10% por mês no valor cobrado pela Ebes. Para isso, é necessário cumprir o contrato de 24 meses.

Conforme o diretor, a primeira usina de 1 megawatt (MW) já foi finalizada e aguarda autorização da Cemig, o que deve acontecer no próximo mês. O investimento feito pelos acionistas foi de R$ 5,5 milhões.

A usina ocupa uma área de 2,5 hectares e tem capacidade para produzir 2.100 megawatts/hora (MWh) de energia por ano. Segundo Molinari, a unidade deve atender de cem a 150 clientes comerciais, de pequeno e médio portes.

Fazenda Energia Solar
Foto da fazenda em João Pinheiro – MG / Foto: Divulgação

Projeto maior. O próximo passo será a viabilização de uma segunda usina na mesma fazenda, com previsão de funcionamento em dezembro deste ano. Entretanto, os planos são mais ambiciosos. O diretor conta que, num prazo de três anos, devem ser viabilizadas cem usinas de 5 MW, com investimentos de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões. “Como serão usinas maiores, poderemos atender de 500 a 750 comerciantes”, diz.

Molinari diz que a ideia é que a maior parte das cem usinas seja em Minas Gerais. “É um Estado bem propício para isso, com boa luminosidade, em especial nas regiões Noroeste e Norte”, observa.

As placas solares na fazenda são divididas em lotes. Para saber quantos lotes o comerciante tem que alugar para que a energia atenda sua empresa, é necessário uma cotação, que é feita com base na conta de luz. “Traçamos o perfil com base no histórico dos últimos 12 meses da empresa. Caso num determinado mês haja sobra, ela se torna crédito”, diz. Uma das forma de fazer a cotação é pelo site www.fazendasolar.com.

Pesquisa mostra que 80% dos brasileiros acham a conta cara

A energia elétrica é considerada cara por 80% dos consumidores brasileiros. É o que mostra pesquisa do Ibope encomendada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 142 municípios no país, no último mês. Conforme o levantamento, 69% dos brasileiros querem ter o direito de escolher seu fornecedor de energia elétrica, como hoje ocorre na área de telecomunicações, e acham que isso ajudaria a baixar as tarifas. “Já existem projetos de lei no Congresso que preveem a portabilidade da conta de luz”, observa o presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros.

O governo planeja abrir uma consulta pública para discutir mudanças no modelo regulatório do setor elétrico ainda neste mês. A ideia é lançar uma discussão com a sociedade sobre sugestões de aperfeiçoamentos das regras. (JG)

Fonte O Tempo

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM