Na comparação com dezembro de 2021, houve um crescimento de 4,3%, já que o volume processado no mesmo mês do ano anterior foi de 19.103.
Na comparação mês a mês houve um recuo de 2,5% no mês de dezembro frente ao recebido em novembro, passando de 17.959 toneladas para 17.498 toneladas. Na comparação de dezembro de 2022 com o mesmo mês de 2021, houve um crescimento de 10,1%, já que no mês de dezembro de 2021 o volume recebido foi inferior ao verificado em 2022, com 15.889 toneladas.
“Os números finais de 2022 são a consolidação dos esforços de toda a cadeia. O aumento do volume recebido vem para confirmar o que temos falado na AIPC há algum tempo: o Brasil caminha para em breve atingir a autossuficiência na produção de amêndoas de cacau.”, explica a presidente-executiva da AIPC, Anna Paula Losi.
Entre janeiro e dezembro de 2022 a moagem de amêndoas ficou em 226.015 toneladas, um crescimento de aproximadamente 0,82% em relação às 224.168 toneladas do mesmo período anterior. Na comparação entre novembro e dezembro, o volume processado recuou 0,08%, passando de 19.954 para 19.939 toneladas, o que demonstra uma estabilidade importante frente os desafios econômicos e sociais que o mundo tem enfrentado nos últimos três anos.
Na comparação com dezembro de 2021, houve um crescimento de 4,3%, já que o volume processado no mesmo mês do ano anterior foi de 19.103.
“A moagem tem crescido nos últimos anos, ainda que com uma velocidade menor do que o desejado, em razão dos diversos desafios dos últimos anos, não somente no Brasil, mas também em todo o mundo, como a pandemia de Covid-19 e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Ainda que alguns desses eventos aconteçam muito longe daqui o impacto é direto no consumo dos derivados de cacau”, pondera Anna Paula.
Em termos de importação de amêndoas, o acumulado do ano foi de 11.011 toneladas, ante 59.768 toneladas importadas entre janeiro e dezembro de 2021. Anna Paula afirma que “Mais uma vez, a redução da importação é um reflexo direto da melhora nos volumes entregues para a indústria. Como temos afirmado, a indústria caminha para a autossuficiência na produção de amêndoas, reduzindo assim a dependência do cacau importado e também, consequentemente, reduzindo a importação de derivados”.
As exportações de derivados, que atendem principalmente os mercados dos Estados Unidos, Argentina e Chile, também recuaram no acumulado do ano, passando de 54.756 toneladas em 2021 para 47.915 toneladas neste ano; o que significa uma queda de 12,5%.
Recebimento por estado
O recebimento de amêndoas por estado teve como destaque o volume enviado pela Bahia, de 139.642 toneladas. No acumulado de 2022, houve um recuo de aproximadamente 0,9% em relação às 140.928 toneladas de 2021. Em seguida, veio o Pará com 56.586 toneladas, volume que cresceu 13,5% em comparação às 49.821 toneladas do mesmo período de 2021, seguidos por Espírito Santo com 7.635 toneladas ante 5.261 toneladas, alta de 45,4%; e Rondônia, com 1.523 toneladas, ante 1.584 toneladas, queda de 3,8%.
Na comparação entre novembro e dezembro, o recebimento de amêndoas foi maior em dois dos quatro estados, com exceção da Bahia, que passou de 14.569 toneladas para 13.599, e Rondônia, que passou de 99 toneladas para 61. De todo modo, entre as quatro principais regiões, a Bahia continua apresentando o maior valor de entregas para indústria.
Análise do mercado internacional
De acordo com o analista da StoneX, Caio Santos, para 2023 as projeções apontam para um contexto de recuperação na produção de Gana e Costa do Marfim, mas também para uma aceleração da demanda internacional impulsionada nesse momento pela reabertura econômica da China. “Este é um cenário com potencial de resultar na manutenção de um déficit entre 80-100 mil toneladas para essa temporada, o que reforça perspectiva de preços médios mais fortes em 2023”, analisa Santos.
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As próximas estatísticas do mercado de cacau, referentes ao primeiro trimestre de 2023, serão divulgadas pela AIPC em abril de 2023.
Fonte: Clima tempo
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