Prefeitos e entidades do setor se unem para alertar sobre preços abaixo do custo de produção e articular ação em defesa do setor arrozeiro gaúcho.
Uma mobilização iniciada no litoral gaúcho, na Câmara de Vereadores de Mostardas, ganhou força regional e resultou em uma reunião na sede da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em Porto Alegre. O objetivo do encontro foi sensibilizar a entidade para que atue de forma ativa na defesa do setor arrozeiro, que enfrenta uma grave crise econômica.
A iniciativa reuniu prefeitos de municípios produtores de arroz e contou com o apoio de entidades representativas do agronegócio, como a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag). A união de forças busca alertar para a gravidade da situação vivida pelos produtores, especialmente diante da preocupação com a próxima safra e dos preços do arroz, atualmente muito abaixo do custo de produção.
De acordo com o presidente do Conselho da Federarroz, Alexandre Velho, o movimento tem caráter estadual e deve se expandir para as outras seis regiões arrozeiras do Rio Grande do Sul. “A estratégia inclui a realização de mobilizações nas câmaras de vereadores, com o objetivo de engajar prefeitos e lideranças locais para que levem a pauta aos deputados estaduais e federais”, destaca.
A expectativa é que o movimento chegue a Brasília com dados e relatos que demonstrem a dimensão e a urgência da crise enfrentada pelo setor arrozeiro. “A proposta é construir uma mobilização organizada, de base municipal, capaz de fortalecer o diálogo político e institucional”, projeta.
O movimento começou em Mostardas e pretende envolver, por meio da Famurs, prefeitos de mais de 200 municípios que dependem diretamente da produção de arroz. “A partir dessa articulação, será elaborada uma pauta unificada de reivindicações, com foco na defesa da atividade arrozeira e na busca por medidas que garantam a sustentabilidade econômica do setor no Estado”, conclui Velho.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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