Muitos CEOs adotam esportes como válvula de escape, mas este prefere andar de mula

Presidente no Brasil de banco internacional de câmbio encontra na criação de mula não apenas um hobby, mas uma conexão direta com o campo, a tradição rural e o equilíbrio mental fora do ambiente corporativo.

Já pensou em um “magnata poderoso” andando a cavalo? Pois é, um lado pouco convencional da rotina de um executivo do alto escalão do sistema financeiro foi revelado e divulgado pela Pipeline, do Valor Econômico. Enquanto boa parte dos CEOs encontra alívio para a pressão do dia a dia em atividades como ciclismo, corrida ou tênis, Luciano Carvalho, presidente no Brasil do banco britânico de câmbio Moneycorp, optou por um caminho diferente: andar de mula.

No universo corporativo, a agenda de um CEO costuma ser intensa, marcada por decisões estratégicas, reuniões constantes e alto nível de cobrança. Nesse contexto, práticas esportivas e hobbies funcionam como uma válvula de escape para preservar a saúde física e mental. O que chama atenção no caso de Luciano Carvalho é justamente a escolha por uma atividade profundamente ligada ao meio rural, distante do ambiente urbano e da lógica acelerada do mercado financeiro.

Uma paixão que foge do padrão corporativo

De acordo com a reportagem, o executivo desenvolveu uma verdadeira admiração pelas mulas, animais híbridos resultantes do cruzamento entre jumento e égua. Por serem híbridas, as mulas são estéreis, característica que não diminui sua relevância histórica, funcional e cultural no campo brasileiro. Quando o cruzamento gera um macho, o animal é conhecido popularmente como burro.

Ao contrário do que muitos imaginam, a criação de mulas não é algo marginal ou raro no Brasil. Minas Gerais concentra a maior parte da produção nacional, mas a atividade vem ganhando espaço também em estados como São Paulo e no Distrito Federal, impulsionada tanto por criadores tradicionais quanto por novos entusiastas.

Tradição, rusticidade e inteligência animal

As mulas são reconhecidas por características que as diferenciam de cavalos e jumentos, como grande resistência física, inteligência, rusticidade e capacidade de adaptação a terrenos difíceis. Historicamente, esses animais desempenharam papel fundamental no transporte de cargas, na abertura de caminhos e no desenvolvimento econômico de regiões rurais do país.

Para Luciano Carvalho, o contato com as mulas representa mais do que lazer. É uma forma de desacelerar, de se reconectar com a natureza e de exercer uma liderança longe de planilhas, gráficos e telas. A reportagem destaca que essa relação com o campo ajuda o executivo a manter equilíbrio emocional e clareza mental, refletindo inclusive em sua atuação profissional.

Do mercado financeiro ao ambiente rural

A trajetória de um CEO de instituição financeira internacional costuma estar associada a grandes centros urbanos, viagens frequentes e negociações globais. Nesse cenário, a escolha por um hobby ligado à vida rural quebra paradigmas e reforça a ideia de que o bem-estar executivo pode estar em experiências simples, autênticas e fora do padrão esperado.

O contraste entre o mundo corporativo e o manejo de animais no campo evidencia também uma tendência mais ampla: líderes empresariais buscando qualidade de vida, propósito e conexão real com atividades que tragam significado além dos resultados financeiros.

Um retrato diferente do lazer executivo

Ao destacar a história de Luciano Carvalho, a Pipeline, do Valor Econômico, lança luz sobre um aspecto pouco explorado da vida de executivos: o lazer como ferramenta de equilíbrio e saúde mental, ainda que isso signifique trocar bicicletas de carbono por trilhas rurais e mulas.

A reportagem reforça que, em tempos de alta pressão no mercado, encontrar formas genuínas de descanso e reconexão pode ser tão estratégico quanto qualquer decisão tomada na mesa de negociações — mesmo que esse caminho passe, literalmente, pelo campo.

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