
Descoberta no Equador, a espécie Eunectes akayima amplia o número de anacondas conhecidas e impressiona por sua força e importância ecológica; com 6,3 metros e 200 kg, sucuri é coroada a maior do mundo
Uma expedição científica realizada no coração da Amazônia, no território indígena Waorani, no Equador, revelou uma descoberta que está chamando a atenção do mundo: uma nova espécie de sucuri-verde, batizada de Eunectes akayima, considerada a maior serpente já registrada em massa corporal. O animal, que mede impressionantes 6,3 metros de comprimento e ultrapassa os 200 quilos, foi oficialmente documentado como a quinta espécie de anaconda reconhecida pela ciência.
A missão foi liderada pelo professor Bryan Fry, da Universidade de Queensland (Austrália), e contou com o apoio de pesquisadores internacionais. A expedição também teve a presença do ator Will Smith, que registrava a descoberta para um documentário da National Geographic, reforçando a relevância global do achado.
A maior sucuri entre as gigantes
Embora a píton-reticulada possa atingir maiores comprimentos, a nova sucuri detém o recorde por seu volume e peso, tornando-se a maior serpente do mundo em massa corporal. Fêmeas adultas desta espécie facilmente ultrapassam os 200 kg, consolidando-se como predadoras dominantes dos rios e igarapés amazônicos.
De acordo com análises genéticas, a Eunectes akayima não se restringe apenas ao Equador, mas também ocorre em países vizinhos como Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Trinidad, o que demonstra sua ampla adaptabilidade aos ecossistemas aquáticos da região.

Assim como outras anacondas, a Eunectes akayima não é venenosa. Contudo, sua tática de caça é se enrolar na presa, comprimindo-a até que a vítima não consiga mais respirar.
Comportamento e hábitos
Assim como outras anacondas, a nova sucuri é coroada a maior do mundo e pertence a espécie que não é venenosa, mas exerce sua força por meio da constrição: envolve a presa e a comprime até que não consiga mais respirar. Sua dieta é variada e inclui mamíferos, aves, peixes, répteis e até outras cobras, confirmando sua posição como predador de topo.
Outro detalhe curioso é que as sucuris são vivíparas, ou seja, dão à luz filhotes já formados, sem a necessidade de ovos. Na primavera, as fêmeas liberam feromônios para atrair diversos machos, formando verdadeiros “nós reprodutivos”. Há registros até de fêmeas que se alimentam de um dos parceiros durante o processo.

Mistério evolutivo
O achado também trouxe à tona comparações com a Eunectes murinus, espécie já conhecida e encontrada no Brasil, Peru, Bolívia e Guiana Francesa. Cientistas acreditam que as duas espécies se separaram há cerca de 10 milhões de anos, mas permaneceram quase indistinguíveis visualmente até agora — um verdadeiro enigma da evolução que reforça a importância da pesquisa genética.
Importância ecológica
A presença de uma serpente desse porte na cadeia alimentar amazônica é essencial para o equilíbrio natural. Predadores de topo como a Eunectes akayima regulam populações de outros animais e garantem a manutenção da biodiversidade nos ecossistemas aquáticos.
O registro da maior sucuri do mundo não apenas desperta fascínio e temor, mas também reforça a urgência em proteger os habitats amazônicos, constantemente ameaçados pelo desmatamento e pela ação humana. Afinal, preservar essas espécies significa manter a riqueza natural e o equilíbrio ambiental de toda a região.
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