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Nova variedade de capim eleva ganho de peso da boiada

Comparada sob pastejo com as cultivares mais plantadas no Brasil, a BRS Quênia resultou em 17% maior ganho em peso.

Um capim mais nutritivo tanto em proteína bruta quanto em digestibilidade, que carrega benefícios superiores em comparação às demais cultivares da espécie no mercado.

A BRS Quênia é o segundo híbrido de Panicum maximum desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte e parceiros e vem para o mercado para suprir uma demanda por uma cultivar produtiva e de excelente qualidade, de porte intermediário, com folhas macias e colmos tenros, alto perfilhamento e de fácil manejo.

Nos ensaios regionais nos estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, a cv. BRS Quênia apresentou bom desempenho agronômico e produtividade, com alta adaptação em todos os locais avaliados.

Na avaliação sob pastejo no Acre e em Mato Grosso do Sul, a cultivar avaliada apresentou maior ganho em peso individual e por área que as cultivares Tanzânia e Mombaça. Esta cultivar apresenta arquitetura de planta que resulta em altos níveis de ganho de peso por animal e proporciona facilidade de manejo, por manter baixo alongamento dos colmos, característica que a diferencia entre todas as cultivares comerciais de porte médio a alto.

A BRS Quênia terá impacto em toda a cadeia produtiva, desde os pecuaristas, os produtores de sementes e o mercado da carne. O mercado de sementes também é favorecido pela exportação das sementes a todos os países da América Central.

Sua inserção produtiva é devido a intensificação da exploração bovina e aumento na produtividade animal, que reduz a demanda de abertura de novas áreas de pastagens, disponibiliza área para outros fins agrícolas, aumenta a rentabilidade por hectare, contribui para o incremento de renda do produtor rural, dos atores envolvidos nas cadeias produtivas pecuárias e da sociedade em geral, além de contribuir para o aumento da exportação de produtos de origem animal de alta qualidade, seguros e certificados.

Há dois anos, juntamente com outros pesquisadores, ela também lançou no mercado o primeiro híbrido de Panicum, a BRSTamani.

https://www.comprerural.com/fase-de-cria-e-o-grande-gargalo-produtivo-da-pecuaria/

Comparada sob pastejo com as cultivares mais plantadas no Brasil, a BRS Quênia resultou em 17% maior ganho em peso individual e por área do que a cv. Mombaça, no bioma Cerrado, e 30% maior ganho em peso individual e 9% maior ganho em peso por área do que a cv. Tanzânia, no bioma Amazônia” informa a pesquisadora Liana Jank, da Embrapa Gado de Corte (MS).

Pesquisadora Liana Jank defende que as principais vantagens da nova variedade de capim, a BRS Quênia, são a produção, o valor nutricional e a facilidade de manejo, “o que não é encontrado em nenhuma outra cultivar da espécie de porte médio a alto no mercado”. Foto: Eliana Cézar/Divulgação Embrapa

Há dois anos, juntamente com outros pesquisadores, ela também lançou no mercado o primeiro híbrido de Panicum, a BRSTamani.

CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS

De acordo com a especialista, “trata-se de um capim produtivo, de porte médio com abundância de folhas de largura média-estreita e com colmos finos e tenros, o que confere facilidade de apreensão pelos animais e facilidade e flexibilidade no seu manejo”.

Liana defende que as principais vantagens da nova variedade são a produção, o valor nutricional e a facilidade de manejo, “o que não é encontrado em nenhuma outra cultivar da espécie de porte médio a alto no mercado”.

Ela pondera, no entanto, que a BRS Quênia “não vem ao mercado com o objetivo de melhorar os solos, assim como fazem as leguminosas”. “Em geral, os capins não melhoram os solos, mas podem contribuir para a redução dos gases de efeito estufa.”

COMPARATIVO COM OUTRA NOVA CULTIVAR

Também no início de março, a Embrapa lançou outro tipo de capim – a BRS Ipyporã –, um híbrido de braquiária (Brachiaria). Essa a forrageira destaca-se pela resistência a diferentes espécies de cigarrinhas.

Fazendo um comparativo, Liana ressalta que, normalmente, “as cultivares de Panicum maximum são mais produtivas e de melhor qualidade para uso em solos de média a alta fertilidade e corrigidos”.

“Já as cultivares de Brachiaria são usadas em solos de baixa a média fertilidade e são mais rústicas, demandando menor necessidade de adubação e manejo.”

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Comercialização

Conforme Liana, as sementes da BRS Quênia serão comercializadas pelas empresas de sementes associadas à Unipasto (Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras), que constam no site unipasto.com.br.

“As sementes estarão disponíveis aos produtores rurais a partir de agosto de 2017. O valor das sementes, que serão comercializadas, ainda não foi determinado”.

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Por equipe SNA/RJ

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