Novembro é mês da segunda etapa da vacinação contra febre aftosa

O coordenador de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Plínio Lopes, alerta, em entrevista ao programa Mercado e Companhia, do Canal Rural, para a importância do mês de novembro na campanha contra a febre aftosa no Brasil. Quase todos os Estados devem vacinar os rebanhos de bovinos e/ou bubalinos neste mês, com exceção de Santa Catarina (que é Estado livre sem vacinação), Piauí e Roraima, que possuem outros cronogramas. O país está há quase oito anos sem registro da doença.

– É um fator positivo de evolução, temos que comemorar o resultado do esforço conjunto e de grandes investimentos feitos ao longo de décadas. O programa já acontece de forma organizada desde a década de 60, e hoje conseguimos manter o país sem registros da doença – ressalta Lopes, acrescentando a importância de manter “o que foi conquistado até hoje” para que o país alcance o status de livre da doença. Três Estados brasileiras ainda apresentam riscos – Amazonas (risco médio), Roraima e Amapá (ambos com alto risco).

O especialista destaca que o produtor deve ter conhecimento básico sobre os sintomas da doença e, sendo esses detectados, ele deve procurar o serviço oficial mais próximo de sua propriedade e notificar a ocorrência.

– Por ano, atendemos em torno de 300 suspeitas da doença, que às vezes é confundidada com estomatite vesicular, que tem bastante ocorrências na região Nordeste.

Alguns cuidados que devem ser tomados para garantir uma vacinação eficiente:

– adquirir vacina em estabelecimentos cadastrados pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária. A legislação proíbe a o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores;

– a vacina deve ser mantida entre 2 e 8 graus centígrados, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo. A vacina nunca deve ser congelada;

– escolher o horário mais fresco do dia para realizar a vacinação e classificar os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes durante a vacinação;

– vacinar de preferência no terço médio do pescoço (tábua do pescoço). Independente da idade, a dose é de 5 ml de vacina;

– usar seringas e agulhas higienizadas – sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). As agulhas devem ser substituídas com frequência, para evitar infecções e os frascos da vacina devem ser mantidos resfriados durante a operação;

– a vacinação deve ser realizada de 01 a 30 de novembro de 2015. O criador tem até o dia 07 de dezembro para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária, ou através do sistema informatizado Gedave. É preciso ainda, declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como: equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos, aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).

A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória. Não vacinar ou não comunicar a vacinação à Defesa Agropecuária até a data estabelecida – 07 de dezembro – o torna passível de multas.

[toggle title=”O que é a febre aftosa? Quais as principais formas de transmissão?” state=”close” ]A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. A doença é causada por um vírus, com sete tipos diferentes, que pode se espalhar rapidamente, caso as medidas de controle e erradicação não sejam adotadas logo após sua detecção. O vírus está presente em grande quantidade no epitélio (tecido que reveste) e fluído das vesículas. Também pode ser encontrado na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. A contaminação de qualquer objeto com qualquer dessas fontes de infecção é uma fonte perigosa de transmissão da doença de um rebanho a outro. No pico da doença, o vírus está presente no sangue. Nesse estágio, os animais infectados começam a excretar o vírus poucos dias antes do aparecimento dos sinais clínicos.

Os animais contraem o vírus por contato direto com outros animais infectados ou por alimentos e objetos contaminados. A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos contaminados pelo vírus. Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus. Saiba mais sobre a aftosa, click aqui [/toggle]

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