O algodão brasileiro como protagonista mundial, por Lisane Castelli 

O país pode superar, na próxima safra, os EUA como maior produtor mundial da cultura, e ficar em um patamar próximo aos americanos na exportação global da planta.

No último dia 7 de outubro, foi comemorado o Dia Mundial do Algodão. E a cotonicultura brasileira tem inúmeros motivos para celebrar! O país pode superar, na próxima safra, os Estados Unidos como maior produtor mundial da cultura, e ficar em um patamar próximo aos americanos na exportação global da planta, segundo a USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab) reforça esta projeção, trazendo uma estimativa de colheita, na safra 2023/24, de 3,15 milhões de toneladas, um aumento de 23,3% em comparação à temporada anterior, em que foram produzidos 2,55 milhões de toneladas em solo nacional. 

E por que o algodão chegou a este status de tamanha expressão e importância? Tanto graças aos agricultores, que se profissionalizaram e adotaram diversas técnicas de cultivo, quanto pelo trabalho das empresas e associações ligadas à cotonicultura, que desenvolveram tecnologias para que as lavouras obtivessem uma pluma da mais alta qualidade. 

Para chegarmos até onde nos encontramos hoje, é importante contar a história do algodão no Brasil. Se, atualmente, Bahia e Mato Grosso respondem por mais de 90% da produção nacional, Paraná e São Paulo eram os protagonistas até a década de 1980. A região Nordeste também possuía alguns focos importantes de cultivo. Naquele período, o Authonomus grandis, mais conhecido como bicudo-do-algodoeiro, se espalhou pelas lavouras e devastou as plantações, tanto é que o país se tornou importador durante grande parte dos anos seguintes para suprir a demanda interna.  

Este período tão difícil mostrou que o algodão é uma cultura de difícil manejo que exige outro patamar de tecnologia. Por isso, nos últimos 20 anos, os produtores rurais investiram maciçamente em soluções de proteção de cultivo, como herbicidas, fungicidas e inseticidas, além da adoção da biotecnologia e do tratamento de sementes, para que o algodoeiro alcançasse esse status de importância não só para a agricultura, mas também para outros segmentos da indústria, como a moda. O clima seco fez com que o cultivo se instalasse facilmente no Oeste da Bahia e no Mato Grosso e ajudasse no crescimento econômico das duas regiões. 

Nós, da Corteva Agriscience, acreditamos no potencial deste mercado, contribuindo com o crescimento sustentável do setor por meio de tecnologias e inovações que facilitem o dia a dia do cotonicultor e aumentem sua produtividade e rentabilidade, além de parcerias com os diversos elos da cadeia. Fazemos parte da iniciativa Sou de Algodão, que desde 2020 desperta a consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável, em ações pautadas em três pilares: responsabilidade ambiental, social e econômica.

Vida longa ao algodão brasileiro!

Lisane Castelli é líder de Algodão e Sorgo da Corteva Agriscience para o Brasil e Paraguai

Fonte: Lisane Castelli

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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