Paraná: vazio sanitário e manejo responsável reforçam a proteção da soja na safra 2025/2026 

Respeito às janelas de plantio no estado, aliado às tecnologias inovadoras de manejo, é decisivo para reduzir a pressão da ferrugem asiática e preservar o potencial produtivo da soja.

O manejo adequado da soja é uma das principais estratégias para reduzir a pressão de doenças na cultura, especialmente da ferrugem asiática, considerada a mais severa da oleaginosa e capaz de provocar perdas de até 90% da produtividade quando não controlada. 

Para Alexandra Botelho de Lima Abreu, Especialista em Desenvolvimento de Mercado da da Ourofino Agrociência, a prática é sustentada pelo respeito ao vazio sanitário, período em que não é permitida a presença de plantas vivas de soja no campo. Isso acaba sendo essencial para interromper o ciclo do fungo Phakopsora pachyrhizi e garantir um início de safra com menor pressão de inóculo, especialmente no Paraná, estado que apresenta diferentes microclimas e elevada concentração de áreas contínuas de cultivo. 

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“A ferrugem asiática é causada por um fungo biotrófico, ou seja, que depende de um hospedeiro vivo para sobreviver. Quando o vazio sanitário é respeitado, não há plantas de soja no campo durante a entressafra, o que reduz drasticamente a quantidade de esporos no ambiente. Isso evita a chamada ‘ponte verde’ para a safra seguinte e retarda o aparecimento da doença nas lavouras”, explica a especialista Abreu. 

“Na prática, o produtor inicia o ciclo com menor pressão da ferrugem. O resultado é a redução da necessidade de aplicações de fungicidas, menor custo de produção, menor impacto ambiental e maior potencial de produtividade”, completa. 

No Paraná, o vazio sanitário da soja é escalonado em três regiões, conforme os diferentes microclimas do estado, com fiscalização da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). No Sudoeste paranaense, por exemplo, o vazio sanitário segue até 10 de janeiro de 2026, período em que é proibida a manutenção de plantas vivas de soja no campo. 

Na Região 2, que engloba municípios do Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste do Paraná, o período de semeadura teve início em 1º de setembro e segue até 31 de dezembro de 2025, após o encerramento do vazio sanitário, que ocorreu entre 2 de junho e 31 de agosto. 

As demais regiões seguem os seguintes períodos oficiais: 

  • Região 1 (Sul, Leste, Campos Gerais e Litoral): plantio autorizado de 20 de setembro de 2025 a 20 de janeiro de 2026, com vazio sanitário de 21 de junho a 19 de setembro; 
  • Região 3 (Sudoeste paranaense): plantio permitido de 11 de setembro de 2025 a 10 de janeiro de 2026, com vazio sanitário de 12 de junho a 10 de setembro. 

Segundo a primeira estimativa da safra 2025/2026 divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), o Paraná deve registrar aumento tanto de área quanto de produção de soja. A previsão inicial é de 5,79 milhões de hectares plantados, crescimento de 0,6% em relação à safra anterior. Em 2024, o Valor Bruto de Produção (VBP) da cultura no estado alcançou R$36,9 bilhões, reforçando sua importância estratégica para a economia paranaense. 

Nesse contexto, a adoção de tecnologias alinhadas ao manejo responsável é decisiva. Um exemplo é o Dotte, fungicida da Ourofino Agrociência que se destaca por sua formulação premium, alta eficácia no combate à ferrugem asiática e outras doenças fúngicas, além do desempenho consistente no manejo pós-emergente. A solução contribui diretamente para a redução de perdas produtivas e reforça estratégias integradas de controle da doença. 

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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