Terminais de Paranaguá esperam carregar 9.428.300 toneladas de grãos e farelo no terceiro trimestre; A demanda é impulsionada pela nova safra de milho, soja, açúcar e farelo. Previsão representa um aumento de 32,5% em relação a 2022.
Nos próximos três meses, o volume de embarque de granéis de exportação pelo Porto de Paranaguá pode chegar a 9.428.300 toneladas. A expectativa dos terminais e operadores do segmento para o terceiro trimestre do ano é alta. A demanda vem, principalmente, pela chegada da nova safra de milho. Estão nessa previsão soja, milho, açúcar e farelo. O total esperado para os meses de julho, agosto e setembro é cerca de 32,5% acima das 7.117.509 toneladas carregadas no mesmo período, em 2022.
Em maio, as exportações do Paraná alcançaram o maior valor da série histórica (desde 1997), chegando a US$ 2,5 bilhões. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do governo federal, esse valor é 26% maior que o registrado no mesmo mês de 2022. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o Paraná concentra o maior valor em receitas cambiais ao longo de toda a série, com a soma de US$ 9,8 bilhões, valor que representa 15% a mais do que o obtido no mesmo período do ano passado.
Para o diretor de operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira, a performance alcançada em maio (recorde da história), último mês consolidado, reforça a capacidade que o porto e operadores têm para que a expectativa se confirme com bons resultados.
“Nossa performance neste ano foi melhorada. O navio tem conseguido carregar mais e, assim, garantido mais eficiência na operação”, comenta o diretor. Segundo ele, os tempos de espera, de atracação e desatracação dos navios foram reduzidos. “Hoje temos índices mais positivos e seguimos incrementando”.
Um dos fatores que contribui para a produtividade no embarque dos granéis sólidos de exportação foi a dragagem de berços. Como explica Vieira, com berços dragados, os navios podem receber mais carga, com segurança.
“Pretendemos ampliar ainda mais a nossa capacidade de embarque. Atender o volume esperado para o terceiro trimestre do ano será um desafio grande. Porém, a expectativa é muito positiva”, pondera. O gestor operacional do Porto de Paranaguá explica que o principal desafio é o fator climático (chuva), que impacta não apenas no embarque dos produtos em portos, mas também na outra ponta, na colheita.
Distribuição das cargas
Das 9.428.300 toneladas esperadas para o próximo trimestre, 4.006.000 devem ser de soja em grão, 1.920.000 de açúcar, 1.904.000 de milho e 1.598.300 de farelo de soja.
Segundo o diretor da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (ATEXP), André Maragliano, esse aumento expressivo na expectativa de embarque no terceiro trimestre se deve, principalmente, ao milho. “A expectativa é de seguirmos mantendo volumes recordes de embarque do cereal, especialmente pelo Corredor de Exportação”, diz.
Em relação à soja, o produtor aproveita que o preço está subindo novamente para seguir exportando e, assim, abrir espaço para a nova safra de milho (2ª safra). “Na questão do milho, o Brasil deve produzir quase dez milhões de toneladas a mais que na safra passada. Além disso, existe uma demanda do mercado internacional. Então, o milho vem forte”, completa o representante dos operadores.
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), a expectativa para a segunda safra de milho é uma colheita em torno de 14 milhões de toneladas. “Esta safra começa a entrar no mercado a partir da segunda quinzena de julho”, afirma o analista Edmar Gervásio.
O Paraná é a principal origem do milho exportado pelo Porto de Paranaguá.
Açúcar
A expectativa também está alta para o açúcar. O principal terminal de embarque desse produto no Porto de Paranaguá é a Pasa. Segundo Osvaldo Inácio da Silva Junior, gerente administrativo e financeiro da empresa, o volume expressivo de açúcar esperado para o terceiro trimestre do ano se justifica por diversos fatores.
“A produção de cana está sendo boa e os preços estão bastante atrativos para o exportador. Além disso, a expectativa de quebra de safra na Tailândia e na Índia, importantes mercados internacionais, faz com que os importadores reservem estoque na produção brasileira”, afirma.
Ainda segundo Inácio, houve um atraso na safra de cana neste ano. “O início da colheita se intensificou na 2ª quinzena de abril. Então, agora, os exportadores estão correndo para cumprir os contratos. Aqui, estamos prontos para atender essa demanda”, completa.
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