Parar de vacinar contra a febre aftosa requer o compromisso de todos

Uma posição firme foi expressa pelo presidente do Centro Médico Veterinário de Paysandú, Lauro Artia Almirón, durante a inauguração da 46ª Conferência Uruguaia de Buiatria que aconteceu semana passada.

Na cerimônia realizada nesta tarde na Sala Egeu do município de Sanducéra e encerrada na sexta-feira, o veterinário falou sobre sua preocupação de que na última reunião da Comissão Sul-Americana de Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), continuasse lidando com a possibilidade de parar de vacinar contra esta doença, de acordo com o respectivo Plano Hemisférico de Erradicação. Mas ele entendeu que sem o compromisso de todas as partes, “pode ser arriscado e comprometer o plano”.

Ele disse estar convencido de que para uma campanha de saúde funcionar bem, além dos aspectos técnicos, “temos que ter o compromisso e participação de todas as partes envolvidas (produtores, veterinários da prática liberal, indústria e autoridades sanitárias).

Artia disse que neste caso da campanha da febre aftosa, tanto a nível nacional como ao nível de países vizinhos, “ouvimos opiniões muito contrárias para parar de vacinar, em nome de importantes representantes de diferentes setores”.

Atualmente, o mercado japonês para a nossa carne está prestes a abrir, um dos mercados com maior poder de compra, graças ao fato de que conseguimos manter um status sanitário privilegiado, com o esforço de todos os envolvidos na cadeia, acrescentou o profissional.

Esse status foi revalidado recentemente na 86ª sessão da OIE, onde “nosso país ratificou a condição de Risco Insignificante para Encefalopatia Espongiforme Bovina, Livre de Febre Aftosa com Vacinação de peste bovina e equina, declarando-se pela primeira vez livre da peste dos pequenos ruminantes”.

Por outro lado, Artia destacou como um desenvolvimento positivo a criação de um grupo de trabalho para redefinir objetivos e estratégias dentro da Direção Geral de Serviços de Pecuária (DGSG), que articulará as atividades das divisões de Saúde Animal (DSA), Indústria Animal ( DIA) e Laboratórios Veterinários (Dilave) nas campanhas de brucelose e tuberculose.

O profissional disse ainda que um aspecto importante a melhorar são as dificuldades administrativas para a execução dos pagamentos de indenização do Fundo para Doenças Prevalentes, aspecto fundamental da campanha, que também deve ser articulado.

Fonte: El Observado, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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