PF mira servidores da Agricultura por propinas na exportação à Venezuela

As investigações, iniciadas a partir de uma denúncia anônima, identificaram indícios de irregularidades nas atividades da Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram nesta quarta-feira, 29, 29, a Operação Imperium Messis, para desarticular suposto esquema de corrupção envolvendo servidores públicos e empresários do setor de exportação de alimentos, na fronteira do Brasil com a Venezuela.

As investigações, iniciadas a partir de uma denúncia anônima, identificaram indícios de irregularidades nas atividades da Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Roraima, relacionadas à fiscalização de mercadorias destinadas à exportação para a Venezuela.

A reportagem do Estadão pediu manifestação do Ministério da Agricultura. O espaço segue aberto.

Segundo a Controladoria, essa atividade, originalmente realizada nas instalações da Receita Federal na cidade de Paracaima, passaram a ser executadas, a partir de 2020, nas dependências de uma empresa privada localizada em Boa Vista. O local funcionava como ‘entreposto aduaneiro’.

A PF e a Controladoria identificaram ‘diversos indícios de que agentes públicos estariam recebendo recursos da empresa beneficiada pelo esquema criminoso, por meio de intermediários (pessoas físicas e jurídicas)’.

Os envolvidos no esquema são investigados pela prática de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Nesta quarta, 29, um grupo de 43 agentes federais e quatro auditores da CGU executa onze mandados de busca e apreensão nos municípios de Boa Vista e Cantá, em Roraima, e em Cuiabá, Mato Grosso.

A Justiça decretou o bloqueio e sequestro de valores até o montante de R$1.8 milhão.

A Controladoria destaca que ‘o combate a esse tipo de fraude é essencial para restaurar a integridade e a eficiência na prestação de serviços públicos’.

“O esquema criminoso não apenas feria o princípio da impessoalidade administrativa, mas também minava a confiança da sociedade nas instituições”, diz a Controladoria.

Ainda segundo a CGU, ao favorecer empresas mediante suborno, ‘os agentes públicos prejudicavam a livre concorrência, potencialmente elevando os custos e reduzindo a qualidade dos serviços ofertados ao cidadão’.

“A desarticulação do grupo visa garantir um ambiente de negócios justo e assegurar que a administração pública atue em prol do interesse coletivo, e não de interesses privados.”

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA

A reportagem do Estadão pediu manifestação do Ministério. O espaço está aberto.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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