
Apesar da forte desvalorização desde abril, o indicador do milho no Estado se mantém acima dos R$ 40 por saca.
São Paulo, 29 – O preço do milho disponível em Mato Grosso acumula desvalorização de 41,03% nos últimos três meses, segundo relatório semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A retração está ligada à perspectiva de safra recorde no Estado, que deve atingir 54 milhões de toneladas, impulsionada pela alta produtividade, estimada agora em 126,25 sacas por hectare.
Apesar da forte desvalorização desde abril, o indicador do milho no Estado se mantém acima dos R$ 40 por saca, sustentado pela demanda interna aquecida e pela colheita mais escalonada neste ano. Até o dia 25 de julho, 90,37% da área cultivada havia sido colhida, avanço expressivo na comparação semanal, mas ainda 2,95 pontos porcentuais abaixo da média dos últimos cinco anos.
Na comparação anual, os preços estão 3,43% acima dos registrados no mesmo período de 2024. O Imea atribui esse comportamento ao maior volume já comercializado da safra 2024/25, que atingiu 50,96% até o fim da semana, além do atraso na entrada do grão nos armazéns, o que evitou uma pressão ainda maior sobre os preços.
O relatório também mostra que o diferencial de base entre Mato Grosso e a Bolsa de Chicago diminuiu 11,4% na semana, com alta no preço local e leve baixa na bolsa americana. O contrato corrente na B3 subiu 2%, a R$ 65,39 por saca, enquanto Chicago, pressionada pelas boas condições das lavouras nos EUA e previsão de produção global maior, teve leve queda no período.