
Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou recuo de 0,12% na comparação com novembro, quando houve alta de 1,46%.
SÃO PAULO (Reuters) – Os preços ao produtor no Brasil tiveram em dezembro a primeira queda em mais de dois anos, mas ainda assim fecharam 2021 com avanço recorde na série histórica iniciada em 2014 pressionados por fatores como câmbio, alta de matérias-primas e o clima.
Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou recuo de 0,12% na comparação com novembro, quando houve alta de 1,46%. Foi o primeiro resultado negativo depois de 28 meses, de acordo com os dados desta terça-feira do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar disso, os preços na indústria fecharam o ano de 2021 com alta acumulada de 28,39%, taxa recorde, depois de avanço de 19,38% em 2020. “Podemos enumerar, o câmbio (como fator para o resultado de 2021), cuja depreciação chegou a quase 10%; o comportamento do mercado ao longo do ano, com aumentos consideráveis no preço do minério de ferro, do óleo bruto de petróleo, de alimentos como açúcar e carne”, explicou o gerente do IBGE, Alexandre Brandão.
- Agroleite será realizado entre 03 e 07 de agosto em 2026
- Instabilidade do Pix em grandes cidades coincide com falha na Amazon
- China deve restringir exportações de fertilizantes e acende alerta no mercado global
- Auxílio Gás de R$ 108 começa a ser pago nesta segunda-feira
- Movimentação bate recorde nos portos, mesmo após tarifaço
Ele ainda destacou o impacto da pandemia nas cadeias produtivas, bem como o clima, explicando que o inverno foi rigoroso e causou problemas nas safras do açúcar e do café, por exemplo. Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que as duas maiores quedas em dezembro ocorreram nas indústrias extrativas (-12,77%) e de metalurgia (-3,27%).
No ano, os destaques ficaram para refino de petróleo e biocombustíveis (69,72%), outros produtos químicos (64,09%), metalurgia (41,79%) e madeira (40,76%). O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
Fonte: Reuters