Projeto proíbe uso de defensivos que contenham atrazina no Brasil

Proposto pelo deputado Padre João (PT-MG), o projeto tem como objetivo combater a contaminação de águas subterrâneas e nascentes, atribuída em grande parte à atrazina; confira

O Projeto de Lei 5.080 de 2023, que visa proibir o uso de defensivos contendo o princípio ativo atrazina em todo o território nacional, está avançando na Câmara dos Deputados. Proposto pelo deputado Padre João (PT-MG), o projeto tem como objetivo combater a contaminação de águas subterrâneas e nascentes, atribuída em grande parte à atrazina.

A atrazina, atualmente utilizada no controle de ervas em culturas como o milho e a cana-de-açúcar, é considerada uma das principais responsáveis pela contaminação ambiental. O deputado Padre João ressaltou que a substância pode causar doenças mesmo em doses mínimas, tornando os limites de segurança ineficazes na proteção dos trabalhadores e do meio ambiente.

Em 2023, o tema foi debatido na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, despertando preocupações sobre os impactos ambientais e na saúde pública.

O projeto agora segue para análise em outras comissões, incluindo Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovado nessas instâncias, o projeto poderá ser implementado como lei, restringindo o uso da atrazina em todo o país.

Sobre a atrazina

A atrazina, o segundo herbicida mais utilizado no Brasil, é do tipo triazina. Amplamente utilizado em plantações de milho, cana-de-açúcar e sorgo, desempenha um papel crucial no controle de ervas daninhas nessas culturas. Apesar de ser considerado um herbicida antigo, sua utilização persiste devido ao seu baixo custo e à sua capacidade de agir em conjunto com outros herbicidas. Esse composto age como um inibidor do fotossistema II, sendo transportado apenas via xilema nas plantas.

O produto enfrenta críticas devido aos potenciais impactos ambientais e na saúde pública. Amplamente empregado em áreas do Cerrado, é alvo de preocupações devido à sua mobilidade nos solos, o que pode levar à contaminação das águas subterrâneas.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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