Qual é o melhor cabresto para usar nos cavalos?

Entenda como o uso, o material e o ajuste correto influenciam diretamente no conforto e na segurança do cavalo.

Não existe um único “melhor cabresto” para todos os cavalos e situações. O que há, na prática, é o cabresto mais adequado para cada finalidade, levando em conta o tipo de manejo, o estágio de treinamento, o ambiente e o material utilizado. Uma escolha equivocada pode causar desconforto, ferimentos e até acidentes, enquanto um modelo correto melhora a comunicação, facilita o manejo e preserva o bem-estar do animal.

Embora popularmente o termo “cabresto” seja usado como sinônimo de outros acessórios da cabeça do cavalo, ele se refere, tecnicamente, ao conjunto de correias que envolve a cabeça do animal, podendo ser confeccionado em diferentes materiais e formatos, conforme a função que deverá cumprir. Sua função principal é clara: segurar, conduzir e direcionar o cavalo com segurança, seja no manejo em terra, no treinamento ou durante a montaria.

A escolha correta do cabresto influencia diretamente o conforto do animal, a eficiência do manejo e a prevenção de acidentes, tanto para o cavalo quanto para quem o conduz.

Cabresto de couro

O cabresto de couro é considerado um dos mais versáteis e seguros. Produzido com material natural, ele se molda melhor à cabeça do cavalo com o uso, reduz pontos de pressão e tende a romper em situações extremas, evitando lesões graves caso o animal fique preso.

É amplamente utilizado em:

  • Manejo diário
  • Apresentações e exposições
  • Transporte e amarração supervisionada

Pode ser encontrado em versões roliças (trançadas), que distribuem melhor o apoio, ou em modelos de sola, mais finos e elegantes, muito usados em eventos formais.

Foto: Divulgação

Cabresto de corda ou de nós (ético)

O cabresto de corda, também conhecido como cabresto ético, é amplamente utilizado na doma racional e no trabalho de chão. Seus nós criam pontos de pressão bem definidos, permitindo corrigir e orientar o cavalo com sinais leves e precisos.

É especialmente indicado para:

  • Doma inicial
  • Treinamento no solo
  • Exercícios de resposta lateral e condução

Por exigir técnica, não é recomendado para deixar o cavalo solto no pasto ou amarrado sem supervisão. A qualidade da corda faz toda a diferença — modelos de baixa qualidade podem machucar. Entre os mais conhecidos estão os cabrestos de marcas como Knotty Girlz.

Foto: Scholz Kevinab

Cabresto de nylon

O cabresto de nylon é muito comum por ser mais acessível, resistente e fácil de limpar. No entanto, pode causar atrito e ferimentos, principalmente quando não é acolchoado ou está mal ajustado.

É mais indicado para:

  • Uso diário rápido
  • Situações de curta duração
  • Ambientes com muita umidade

Modelos com acolchoamento oferecem mais conforto e segurança do que os tradicionais.

Foto: USPC

Cabresto de polipropileno (tipo “seda”)

Considerado uma variação mais macia do nylon, o polipropileno reduz o atrito direto com a pele do cavalo, embora ainda não ofereça o mesmo nível de conforto do couro ou da corda de boa qualidade. É uma opção intermediária para uso rotineiro.

É uma alternativa intermediária para:

  • Uso diário
  • Viagens curtas
  • Animais que não se adaptam bem ao nylon comum
Foto: Divulgação

Qual cabresto usar em cada situação?

Uso diário e passeios:
Cabrestos de couro ou de nylon macio com sistema de segurança são os mais indicados, pois oferecem resistência e menor risco de acidentes.

Treinamento e trabalho no solo:
Os cabrestos de corda com nós proporcionam comunicação mais precisa, desde que bem ajustados e usados por pessoas com conhecimento técnico.

Apresentações e eventos formais:
Modelos clássicos de couro bem ajustado garantem elegância, conforto e segurança, valorizando a apresentação do animal.

Viagens e transporte:
Prefira cabrestos de nylon acolchoado ou específicos para transporte, que reduzem atrito durante deslocamentos longos.

Pontos essenciais antes de escolher o cabresto:

  • Conforto é prioridade: o cabresto não deve apertar nem causar dor; observe áreas sensíveis como focinho e nuca.
  • Ajuste correto é fundamental: a focinheira não pode pressionar as narinas nem ficar solta demais.
  • Segurança sempre em primeiro lugar: para pasto ou amarração, use cabrestos que possam se romper ou tenham tiras de segurança.
  • Material faz diferença: couro e corda de boa qualidade oferecem maior durabilidade e melhor resposta no manejo. Evite correntes, que aumentam o risco de lesões.

O melhor cabresto não é o mais caro nem o mais bonito, mas aquele que atende à necessidade específica do manejo, respeitando o bem-estar do cavalo. De forma geral, cabrestos de couro e cabrestos de corda de alta qualidade são as opções mais completas e recomendadas para a maioria das situações, enquanto nylon e polipropileno cumprem bem funções pontuais quando bem ajustados.

No fim das contas, escolher corretamente o cabresto é uma decisão simples que reflete diretamente na segurança, na comunicação e na qualidade da relação entre o cavalo e quem o conduz.

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