Qual insumo é o mais competitivo? Veja onde cortar gastos no agro

Enquanto caroço de algodão dispara mais de 80% e milho pressiona a dieta, levantamento do Imea aponta coproduto do etanol como a saída estratégica para blindar a margem da terminação

A gestão de custos na pecuária de corte nunca foi tão crucial quanto neste ciclo de 2025. Com a pressão inflacionária sobre a nutrição animal em Mato Grosso, o produtor rural se vê obrigado a recalcular rotas e analisar minuciosamente as tabelas nutricionais e financeiras para descobrir, afinal, qual insumo é o mais competitivo para manter a rentabilidade da operação.

Dados recentes levantados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revelam um cenário desafiador para quem trabalha com terminação intensiva. No acumulado entre janeiro e outubro de 2025, os principais componentes da dieta bovina sofreram reajustes consideráveis no comparativo anual.

O milho, tradicional base energética dos sistemas de confinamento e suplementação, viu sua cotação saltar 33,80% no período, atingindo uma média de R$ 52,21 por saca. Esse aumento impacta diretamente o Custo Operacional Efetivo (COE) das fazendas, exigindo do pecuarista uma estratégia de compra afiada para definir qual insumo é o mais competitivo na hora de fechar o pedido.

O peso do caroço de algodão e o alívio da arroba

Enquanto o milho subiu, o “vilão” do orçamento nutricional neste ano foi o caroço de algodão. O subproduto da fibra, amplamente utilizado como fonte de proteína e energia, registrou a maior alta entre os itens analisados: uma elevação expressiva de 83,07% em relação ao ano anterior.

Apesar da pressão nos custos, o pecuarista encontrou fôlego na receita. O mercado do boi gordo reagiu positivamente, com a arroba a prazo valorizando 40,10% no mesmo intervalo. Segundo a análise do Imea, essa valorização da carne foi fundamental para compensar parte da escalada dos preços dos insumos, sustentando as margens da terminação no estado.

ddg subproduto do milho na mao - Qual insumo é o mais competitivo? Veja onde cortar gastos no agro
Foto: Divulgação

DDG: entenda por que este insumo é o mais competitivo para a pecuária

Diante da disparada do milho e do caroço de algodão, o DDG (Grãos Secos de Destilaria) desponta como a alternativa estratégica do ano. Embora também tenha registrado alta — avançando 19,97% —, este coproduto do etanol de milho (com 32% de proteína bruta) sofreu um reajuste significativamente menor do que seus concorrentes diretos.

O Imea destaca que a competitividade do DDG não é apenas uma questão de preço momentâneo, mas de disponibilidade estrutural. O crescimento robusto das indústrias processadoras de milho para a produção de etanol em Mato Grosso aumentou a oferta do subproduto no mercado interno.

Essa dinâmica de oferta e demanda consolida o DDG na posição de destaque quando se analisa qual insumo é o mais competitivo. Para o produtor que busca eficiência, a substituição ou combinação estratégica na dieta utilizando DDG tem se mostrado a ferramenta mais eficaz para blindar o caixa contra a volatilidade das commodities agrícolas.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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