
Pressão e ofertas atípicas em São Paulo, deixam os preços de referência para a arroba do boi em R$ 235 em São Paulo (Capital) e R$ 236 em Dourados (MS); O que esperar dessa semana e como estão os custos de produção?
Cenário no mês de julho foi de lacuna na oferta de gado para abate, mas a demanda doméstica mais compassada, aliada a queda no preço da carne bovina brasileira na exportação, além de um dólar mais frouxo, pressionaram o mercado do boi gordo. Esse conjunto de fatores deixou o pecuarista e a indústria em uma “queda de braço” durante o mês.
O mercado físico do boi gordo registrou preços enfraquecidos nesta sexta-feira, 28, assim como foi durante toda a última semana do mês. O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, explicou que o dia teve um fluxo de negócios inexpressivo, o que é compreensível para uma sexta-feira. Teria o mercado encontrado o seu ponto de equilíbrio para o ano de 2023?
Fechamento do mercado na sexta-feira
“Grande parte das indústrias frigoríficas estiveram ausentes das compras de gado gordo. Porém, pecuaristas também não atuaram nas vendas dos animais terminados, tanto em função da menor oferta de boiada disponível como por resistir ao movimento baixista”, observa a S&P Global.
Nas praças pecuárias paulistas, a cotação da arroba do boi gordo está estável na comparação diária. Entretanto, há uma pressão sobre os preços, com ofertas abaixo da referência, provocada pelo aumento da oferta de bovinos, considerada atípica para o período, apontou o relatório da Scot Consultoria.
Com isso, continua o relatório, o boi gordo está sendo negociado em R$235,00/@, a vaca em R$207,00/@ e a novilha em R$225,00/@, preços brutos e a prazo. O “boi China” – animal jovem abatido com até 30 meses de idade – está sendo negociado em R$240,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@ em relação ao boi comum.
No mercado de São Paulo, o preço do boi gordo destinado ao mercado interno (sem prêmio-exportação) recuou R$ 5/@ ao longo desta semana, enquanto o do “boi-China” (abatido com até 30 meses de idade) teve retração de R$ 10/@, relata o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria.
Já o INDICADOR DO BOI GORDO CEPEA/B3, fechou o mês de julho na contramão das demais consultorias. O indicador apontou uma valorização de 1,51% no comparativo diário. Sendo assim, os preços encerram a última sexta-feira cotados a R$ 245,05/@. Confira no gráfico abaixo como se comportou a arroba ao longo dos últimos 30 dias úteis.

Pelo lado comprador, continua a consultoria, as unidades de abate optaram pela realocação de suas escalas de abate, elevando a ociosidade operacional das plantas – uma estratégia que busca liquidar os altos estoques de carne bovina nas câmaras frias.
“Em média, nacionalmente, as escalas de abate dos frigoríficos atendem pouco mais de uma semana, o que diminui uma maior necessidade de aquisição de animais”, ressalta a S&P Global, acrescentando que o baixo consumo de carne bovina no mercado doméstico tem permitido tal estratégia.
Expectativa para o boi gordo nesta semana
Iglesias destacou que a primeira quinzena de agosto será crucial para a formação dos preços no curto prazo. Uma boa demanda poderá ajudar a escoar o estoque de carne bovina. No entanto, ele alertou que não há grande espaço para movimentos muito agressivos de alta. A situação é complexa devido a problemas de demanda tanto no mercado interno quanto no internacional.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 230, representando uma queda de 8% em relação aos R$ 250 registrados no final de junho.
- Em Dourados (MS), a arroba recuou 4,08%, passando de R$ 245 para R$ 235 na modalidade a prazo.
- Em Cuiabá (MT), houve um aumento de 0,92%, com a arroba subindo de R$ 218 para R$ 220.
- Já em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 230 por arroba, uma baixa de 4,17% em relação aos R$ 240 da última semana.
- Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 220, o que representa uma queda de 2,20% frente aos R$ 225 do mês passado.
Boi gordo no atacado
No mercado atacadista, os preços estão acomodados, mas há expectativa de uma pequena recuperação ao longo da primeira quinzena do mês, especialmente com a entrada dos salários na economia e o aumento da demanda relacionada ao Dia dos Pais. No entanto, a situação da carne de frango continua difícil.
Os preços no atacado são os seguintes: o quarto traseiro permanece cotado a R$ 17,00 por quilo, o quarto dianteiro é vendido a R$ 12,65 por quilo, e a ponta de agulha tem o preço de R$ 12,50. Com essas alterações, o texto está mais claro e conciso, apresentando as informações de forma mais organizada e compreensível para o leitor.
Custos de produção caem
Pesquisas realizadas pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) mostram que, no balanço do primeiro semestre de 2023, os custos de produção da pecuária de corte dos sistemas de cria e de recria-engorda recuaram. Segundo pesquisadores, esse resultado esteve atrelado ao movimento de queda nos preços de insumos para suplementação e dieta do rebanho.
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