Fortes chuvas não devem prejudicar produtividade do trigo no Rio Grande do Sul

Na segunda quinzena do mês, o volume de chuva diminui no estado; nova onda de calor prevalece em boa parte do país

A chuva volumosa que atingiu o Rio Grande do Sul na primeira quinzena de setembro registrou percentual 300% acima da média para o período.Em algumas regiões, os volumes foram acima de 240 milímetros em poucas horas, de acordo com o sensoriamento remoto realizado pela EarthDaily Agro, empresa de monitoramento de áreas agrícolas com uso de imagens de satélites.

Isso trouxe preocupação aos produtores de trigo, uma vez que as lavouras estão em fase de floração e enchimento de grãos. No entanto, o sensoriamento remoto mostra que o vigor da vegetação (NDVI) continua satisfatório. O NDVI apresenta curva superior à média, em comparação com 2009, ano em que ocorreu evento similar e a produtividade ficou 2% abaixo da tendência, mas sem registro de ocorrência de quebra de safra, fator indicativo para o potencial produtivo do trigo. A expectativa de produção era de 3,28 toneladas por hectare antes das chuvas intensas, agora a previsão aponta para 3,21 toneladas por hectare. Vale ressaltar que, apesar da produção de trigo estadual ainda registrar condições satisfatórias, algumas propriedades sofreram perdas significativas.

Foto: Divulgação

No Paraná, a curva do NDVI apresentou bons valores durante todo o ciclo do trigo e as lavouras estão com alto potencial produtivo. A umidade do solo no estado está acima daàmédia e as atenções se voltam à semeadura da soja, já que o plantio do grão está autorizado.

Em boa parte do país as chuvas serão abaixo da média, com exceção de parte do Rio Grande do Sul. A baixa precipitação irá permitir as operações de campo, mas atenção à umidade do solo que, caso esteja baixa, pode manter o plantio da soja lento.

Uma onda de calor está prevista para a segunda quinzena de setembro. Tanto o modelo europeu (ECMWF) quanto o americano (GFS) apontam para temperaturas de 3°C a 5°C graus acima da média em boa parte do país, o que irá aumentar a evapotranspiração e afetar a umidade do solo.

Fonte: EarthDaily Agro

ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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