Recifert fará coleta de animais não abatidos em SC

As carcaças recolhidas e processadas pela Recifert serão transformadas em fertilizante 100% orgânico e também em matéria-prima para biocombustíveis.

Santa Catarina deve voltar a ter, em breve, um serviço especializado na recolha de animais não abatidos oriundos de cooperativas e criadores independentes. A novidade foi anunciada pela empresa Recifert, que deve disponibilizar o serviço nos próximos meses. No dia 10 ocorre o lançamento da pedra fundamental da obra da primeira fábrica do Brasil de processamento de animais não abatidos. O ato será realizado às 9h30 no município de Lageado Grande – Oeste de Santa Catarina.

As carcaças recolhidas e processadas pela Recifert serão transformadas em fertilizante 100% orgânico e também em matéria-prima para biocombustíveis. No futuro, o objetivo da empresa é atuar na venda de créditos de carbono, visto a redução de CO² promovido pela reciclagem das carcaças. Todo o serviço será realizado em conformidade com a IN 48, publicada pelo Ministério da Agricultura em outubro de 2019.

“Com o meu sócio do Mato Grosso nós conseguimos a formulação de um fertilizante 100% orgânico e sem odor. Nós adquirimos uma antiga propriedade que era da Aurora, em Lageado Grande, para fazer o processamento do fertilizante. Nós olhamos essas carcaças como matéria-prima e não como um problema para os produtores”, explica Clodoaldo Dalmolin, sócio-proprietário da Recifert.

A Recifert terá capacidade para processar 100 toneladas de carcaças por dia, atendendo a demanda atual de todo o Estado. “Nós já temos várias cooperativas e produtores parceiros dos nossos serviços. Vamos dialogar com os municípios para que possamos contemplar toda Santa Catarina. Queremos fazer tudo com o máximo de sanidade”, afirma Dalmolin.

Paga gerenciar a demanda a Recifert colocará à disposição um aplicativo onde o produtor rural poderá se cadastrar e repassar as informações. Também deve ocorrer uma parceria com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) que o serviço esteja integrado ao Documento de Trânsito de Animais de Produção Mortos (DTAM). “São os próximos passos após o lançamento da pedra fundamental”, diz Dalmolin.

Além do parque industrial, a empresa colocará à disposição caminhões para a recolha, equipe técnica e entreposto, que são câmaras frigoríficas refrigeradas para armazenar as carcaças.

SOLUÇÃO DE UM PROBLEMA

Em maio de 2019 uma empresa de Seara que fazia a coleta dos animais não abatidos precisou suspender as atividades por dificuldades financeiras em não conseguir destinar a farinha para fertilizante. Centenas de produtores rurais foram impactados sem o serviço e tiveram que encontrar alternativas para as carcaças.

“A diferença é que nós vamos fazer todo o processo: a recolha, o processamento e o produto final. Não vamos depender de terceiros. O nosso fertilizante já está registrado no Ministério da Agricultura. O produtor pode ficar tranquilo que dessa vez o não terá o problema de uma empresa começar com a recolha e suspender o serviço”, garante o representante da Recifert. 

Fonte: ACCS

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