
A recuperação judicial é um mecanismo que permite a uma empresa negociar suas dívidas com os credores para evitar a falência.
São Paulo, 10/07/2025 – As dívidas das dez empresas do agronegócio com os maiores passivos em recuperação judicial somavam em junho R$ 15,7 bilhões, segundo levantamento do escritório Diamantino Advogados Associados, especializado em agronegócio, a pedido do Broadcast Agro.
O valor é 27,6% superior aos R$ 12,3 bilhões registrados em outubro de 2024, últimos dados conhecidos. Ainda assim, mostra desaceleração, considerando a expansão de 150% observada de maio e outubro do ano passado, quando o total havia saltado de R$ 5 bilhões – conforme levantamento publicado pela Bloomberg Línea – para o patamar atual.
A recuperação judicial é um mecanismo que permite a uma empresa negociar suas dívidas com os credores para evitar a falência. Durante o processo, a empresa fica protegida por 180 dias contra execuções judiciais, período conhecido como “stay period”. Dados da Serasa Experian mostram que os pedidos de recuperação judicial no agronegócio passaram de 534 em 2023 para 1.272 em 2024.
No topo da lista está a AgroGalaxy, com passivo de R$ 4,67 bilhões, seguida pelo Grupo Patense (R$ 2,15 bilhões), Montesanto Tavares (R$ 2,13 bilhões), Grupo Safras (R$ 1,78 bilhão), Sperafico Agroindustrial (R$ 1,08 bilhão), Usina Maringá (R$ 1,02 bilhão), Elisa Agro (R$ 679,6 milhões), Usina Açucareira Ester (R$ 651,7 milhões), Grupo AFG (R$ 505 milhões) e Grupo Cella, pessoa física, com R$ 400 milhões.