Relator da CPI do MST vai entregar relatório para autoridades

Deputado Zucco informou que uma série de projetos que endurecem as penas contra os invasores de propriedades será entregue na Câmara

A Comissão de Inquérito do Movimento dos Trabalhadores Sem Terras foi encerrada, nesta quarta-feira (27), sem a votação do relatório final. A sessão estava marcada para terça-feira, mas foi cancelada. No entanto, durante entrevista coletiva realizada no Salão Verde da Câmara dos Deputados, o relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP), destacou que “o trabalho da CPI será entregue nas mãos do Procurador Geral da República, da Procuradoria Geral Eleitoral e demais autoridades, inclusive do Tribunal de Contas da União.”

O presidente da Comissão, deputado Zucco (Republicanos-RS) enfatizou que mesmo com toda a dificuldade, o relator apresentou um texto denso e consistente. “A apresentação do relatório final da CPI do MST na última semana representou o ponto alto de um longo trabalho de investigação contra a escalada de invasões de propriedades urbanas e rurais.”

Zucco destacou ainda que a CPI incomodou demais e foi pressionada a encerrar as atividades, mas entrega um conjunto de projetos para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. “Estamos entregando ao Arthur Lira uma lista de projetos que endurecem as penas contra os invasores de propriedades, batizado de invasão zero. Esse pacote reúne propostas apoiadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).”

Salles explicou que durante o trabalho foram ouvidas reclamações e demandas em todo o território nacional, não só o lado dos produtores rurais, que há muitos anos sofrem essas agruras do desrespeito ao direito de propriedade.

“Se de um lado ele fustiga a agropecuária, ele atrapalha o principal pilar da economia brasileira, sacrificando inclusive aquele que é o princípio mais importante para o desenvolvimento de qualquer país, que é o direito de propriedade. O outro lado é um lado criminoso, baixo e obscuro em que as lideranças utilizam os mais humildes, que se denominam como massa de manobra,” disse Salles.

O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), explicou que a preocupação sempre foi de mostrar para a sociedade brasileira os absurdos, desmandos e o ataque constante ao direito de propriedade no país. “O ataque intransigente e a relativização ao direito de propriedade tem sido feita em todas as instâncias desse governo e infelizmente mais recente com a participação do judiciário.”

“A CPI fez o importante papel de apresentar para a sociedade a irresponsabilidade do apoio daqueles que hoje ocupam o Palácio do Planalto, os Ministérios e a Esplanada”, criticou o presidente da FPA. 

Lupion defendeu os produtores rurais brasileiros e o direito de propriedade. “Eles representam um terço do nosso PIB, mais da metade das exportações, mais de 35% dos empregos gerados no país e a única coisa que a gente pede é que nos deixem trabalhar, que nos respeitem. Deveríamos ter a responsabilidade de apoiar esse setor que é tão importante,” finalizou Lupion.

Fonte: Agência FPA

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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