Retenção de placenta e a reprodução do gado leiteiro

Problema ocorre em decorrência da retenção dos anexos fetais e pode levar a contaminação uterina, retardando recuperação do animal.

São diversos os fatores que influenciam a eficiência reprodutiva dos rebanhos leiteiros, sendo que as enfermidades pós-parto têm grande importância nesse contexto, principalmente quando se trata de retenção de placenta.

A placenta é o envoltório fetal que, após a parição, deve ser eliminada através da desconexão dos placentomas, que é junção de duas estruturas, as carúnculas do útero da vaca e cotilédones da placenta. Esse processo ocorre principalmente devido as contrações uterinas peri e pós-parto, promovendo a remoção fisiológica da placenta geralmente de 3 a 6 horas após a parição. Quando há falha na eliminação dessa estrutura, em até 12 a 24 horas pós-parto, considera-se que há a retenção de placenta.

Vários fatores são descritos como predisponentes à retenção de placenta, como deficiências nutricionais, falhas de manejo, distúrbios hormonais, partos distócicos, abortos por causas infecciosas (brucelose, leptospirose, IBR), aspectos imunológicos, entre outros 7; 8. Embora não seja o principal fator, o estresse térmico também influencia negativamente na incidência dessa doença, principalmente devido as altas temperaturas.

O grande problema que ocorre em decorrência da retenção dos anexos fetais é a contaminação uterina, agravada por uma importante diminuição dos mecanismos de defesa uterinos, reação fisiológica característica das fêmeas bovinas no período de transição (3 semanas antes e pós-parto). A proliferação excessiva de bactérias nos casos de retenção, também provoca retardo na involução uterina, processo fundamental para o reestabelecimento dos ciclos estrais.

Visto os prejuízos causados por essa enfermidade, é necessário que seja feito um tratamento rápido e assertivo, sendo indicada uma terapia antimicrobiana injetável, associada a medicação de suporte que promova estímulo para eliminação dos lóquios uterinos. A terapia antimicrobiana pode reduzir consideravelmente a ocorrência de infecções uterinas, sendo a oxitetraciclina um princípio eficaz, de baixo custo e de uso rotineiro na fazenda.

A oxitetraciclina, princípio ativo pertencente ao grupo das Tetraciclinas, é caracterizada por amplo-espectro de ação e liberação prolongada, eliminando bactérias gram-positivas e gram-negativas, dentre outros microrganismos.

A utilização de análogos de prostaglandina também é indicada, pois esse agente acelera o processo de involução uterina e dá suporte na expulsão da placenta. Adicionalmente, o uso de Prostaglandina está relacionado à ativação dos mecanismos de defesa uterina, atuando de forma sinérgica no combate das infecções uterinas.

-positivas e gram-negativas, dentre outros microrganismos.
A utilização de análogos de prostaglandina também é indicada, pois esse agente acelera o processo de involução uterina e dá suporte na expulsão da placenta. Adicionalmente, o uso de Prostaglandina está relacionado à ativação dos mecanismos de defesa uterina, atuando de forma sinérgica no combate das infecções uterinas.

O análogo sintético da Prostaglandina F2α indicado e utilizado na rotina veterinária é o Cloprostenol Sódico.
A correta identificação e tratamento dos animais, bem como a observação de fatores ambientais envolvidos, auxilia na redução da incidência da retenção de placenta e contribui para a melhoria dos índices reprodutivos do rebanho.

Fonte: Portal DBO

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