
Com mercado de olho na escalada de tensões entre a Rússia e a Ucrânia, as cotações de grãos atingiram níveis históricos em Chicago.
Depois do reconhecer a legitimidade de governos considerados separatistas em províncias no leste da Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin autorizou uma ação militar na região, aumentando a escalada do conflito entre os dois países. Entre a noite de quarta-feira (23/2) e manhã desta quinta-feira (24/2), explosões foram ouvidas e, em Kiev, capital ucraniana, filas de carros eram vistas com parte da população deixando a cidade.
É o primeiro ataque de um estado europeu contra outro desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). De acordo com a agência de notícias Reuters, explosões puderam ser ouvidas ainda antes do amanhecer, em Kiev. As tropas atravessaram a fronteira pelo leste ucraniano, onde estão concentrados os grupos separatistas apoiados pelo governo Putin.
O presidente russo, Vladimir Putin, alegou ter ordenado o ataque pela necessidade de proteger essas pessoas, além de cidadãos russos que, segundo ele, teriam sido submetidos a um “genocídio” na Ucrânia. Já o presidente ucraniano, Volodymur Zelenskiy, classificou o ataque como uma agressão, que o país irá se defender e que cidades pacíficas estão sendo atacadas.
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Diante da situação, os mercados globais de commodities, incluindo as agrícolas, mais uma vez, registram movimentos de forte alta, com os grãos renovando preços históricos que não eram visto há anos. No pregão noturno, na Bolsa de Chicago, a soja operava a cotações superiores a US$ 17 o bushel para maio. Milho e trigo tinham os mesmos vencimentos negociados acima de US$ 7 e US$ 9, respectivamente.
Além do conflito na Europa, operadores de mercado de commodities agrícolas estão na expectativa para a divulgação dos primeiros números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para a safra 2022/2023, durante o USDA Agriculture Outlook, que começa nesta quinta-feira (24/2). Os preços internaiconais do petróleo também subiam nas negociações noturnas, cotado a valores que variaram entre US$ 95 e US$ 97 o barril.
Fonte: Globo Rural